Brasília (DF) — O governo federal está contando com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para impedir o avanço de um projeto de lei que concede anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. A avaliação interna é de que, embora o texto tenha chances reais de ser aprovado na Câmara dos Deputados, não há força política suficiente para que ele prospere no Senado.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), tem discutido o tema com lideranças da direita, incluindo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), aliado de Bolsonaro e cotado como possível candidato à Presidência em 2026.
A proposta defendida pela oposição prevê uma anistia “ampla, geral e irrestrita”, abrangendo desde participantes dos atos golpistas até seus financiadores. No entanto, Alcolumbre não apoia essa versão e tem sinalizado disposição para construir um texto alternativo que diferencie os organizadores dos manifestantes que tiveram participação periférica.
Nos bastidores, o Palácio do Planalto acredita que Alcolumbre representa o pensamento majoritário do Senado e que, mesmo com eventual aprovação na Câmara, o projeto enfrentaria resistência entre os senadores.
A movimentação bolsonarista se intensificou com o início do julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de envolvimento em plano de golpe após as eleições de 2022. Paralelamente, aliados articulam estratégias para viabilizar a candidatura de Tarcísio de Freitas à Presidência, o que tem acendido alertas no PT.
Dentro do partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), há preocupação com os efeitos políticos dessas articulações. Tarcísio é visto como o adversário mais competitivo para a disputa presidencial de 2026, o que torna o debate sobre a anistia ainda mais estratégico.
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