MENU

União Brasil e PP anunciam saída do governo Lula, mas mantêm influência na máquina federal

Movimento tem sido chamado por interlocutores das siglas como um “rompimento institucional”, porque cargos na gestão Lula serão mantidos

Augusto Tenório / Don Carlos Leal
02/09/2025 19h00 - Atualizado há 23 horas
União Brasil e PP anunciam saída do governo Lula, mas mantêm influência na máquina federal
União Brasil de Antônio de Rueda e PP de Ciro Nogueira devem formar federação para 2026. - Foto: Reprodução

Brasília (DF) - Em um movimento classificado por interlocutores como “rompimento institucional”, os partidos União Brasil e Progressistas (PP) decidiram, nesta terça-feira (2), deixar formalmente a base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão implica na entrega dos ministérios do Turismo e do Esporte, atualmente ocupados por indicados das siglas, embora os titulares ainda não tenham oficializado seus pedidos de demissão.

A saída foi selada após reunião entre o presidente do União Brasil, Antônio Rueda, e o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI). O impasse final envolvia o Ministério do Esporte, comandado por André Fufuca (PP), que ainda buscava uma forma de deixar o cargo sem provocar rupturas internas. Já o ministro do Turismo, Celso Sabino (União), manteve sua rotina de trabalho e não sinalizou intenção de deixar o posto.

Ministros sob pressão
A expectativa é que os partidos pressionem seus ministros a deixarem os cargos, com possibilidade de expulsão em caso de resistência. No entanto, lideranças partidárias tentam evitar medidas drásticas, temendo que alas mais governistas migrem para outras siglas do Centrão, o que poderia enfraquecer a futura federação formada entre União Brasil e PP.

Influência preservada
Apesar do rompimento formal, os partidos continuarão exercendo influência sobre a máquina pública. Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Câmara, deve manter o controle sobre a Caixa Econômica Federal, cuja cúpula é considerada uma concessão pessoal do governo. O mesmo ocorre com os ministérios das Comunicações e do Desenvolvimento e Integração Regional, sob comando de indicados por Davi Alcolumbre (União-AP), presidente do Senado.

Nos bastidores, integrantes do governo ironizam o movimento, chamando-o de “término de Schrödinger” — uma referência à ideia de que os partidos estariam simultaneamente na oposição e na situação.

Federação e cenário eleitoral
O desembarque ocorre em meio à articulação para a criação da União Progressista, federação que unirá União Brasil e PP a partir de 2026. A nova legenda deve se tornar a maior força do Congresso Nacional, com o maior número de deputados e senadores. A expectativa é que o grupo indique o vice em uma eventual candidatura presidencial do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

#BomDiaRioDosCedros #DiárioDeRioDosCedros #RioDosCedros #DonCarlosLeal #NotíciasRioDosCedros #TurismoRioDosCedros #CulturaRioDosCedros #UniãoEPPDesembarcamDoGovernoLula


FONTE: METRÓPOLES
Tags »
Notícias Relacionadas »
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp