Brasília (DF) - Em um movimento classificado por interlocutores como “rompimento institucional”, os partidos União Brasil e Progressistas (PP) decidiram, nesta terça-feira (2), deixar formalmente a base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão implica na entrega dos ministérios do Turismo e do Esporte, atualmente ocupados por indicados das siglas, embora os titulares ainda não tenham oficializado seus pedidos de demissão.
A saída foi selada após reunião entre o presidente do União Brasil, Antônio Rueda, e o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI). O impasse final envolvia o Ministério do Esporte, comandado por André Fufuca (PP), que ainda buscava uma forma de deixar o cargo sem provocar rupturas internas. Já o ministro do Turismo, Celso Sabino (União), manteve sua rotina de trabalho e não sinalizou intenção de deixar o posto.
Ministros sob pressão
A expectativa é que os partidos pressionem seus ministros a deixarem os cargos, com possibilidade de expulsão em caso de resistência. No entanto, lideranças partidárias tentam evitar medidas drásticas, temendo que alas mais governistas migrem para outras siglas do Centrão, o que poderia enfraquecer a futura federação formada entre União Brasil e PP.
Influência preservada
Apesar do rompimento formal, os partidos continuarão exercendo influência sobre a máquina pública. Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Câmara, deve manter o controle sobre a Caixa Econômica Federal, cuja cúpula é considerada uma concessão pessoal do governo. O mesmo ocorre com os ministérios das Comunicações e do Desenvolvimento e Integração Regional, sob comando de indicados por Davi Alcolumbre (União-AP), presidente do Senado.
Nos bastidores, integrantes do governo ironizam o movimento, chamando-o de “término de Schrödinger” — uma referência à ideia de que os partidos estariam simultaneamente na oposição e na situação.
Federação e cenário eleitoral
O desembarque ocorre em meio à articulação para a criação da União Progressista, federação que unirá União Brasil e PP a partir de 2026. A nova legenda deve se tornar a maior força do Congresso Nacional, com o maior número de deputados e senadores. A expectativa é que o grupo indique o vice em uma eventual candidatura presidencial do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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