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Oposição pede suspensão de julgamento de Bolsonaro no STF após audiência com ex-assessor do TSE

Eduardo Tagliaferro apresentou documentos que indicariam suposta fraude processual; parlamentares querem divulgar material e acionar instâncias jurídicas

Emilly Behnke / Don Carlos Leal
02/09/2025 19h00 - Atualizado há 23 horas
Oposição pede suspensão de julgamento de Bolsonaro no STF após audiência com ex-assessor do TSE
Ex-assessor do TSE, Eduardo Tagliaferro em participação remota na Comissão de Segurança Pública do Senado na terça-feira (2). - Foto: Saulo Cruz / Agência Senado / Reprodução

Parlamentares da oposição defenderam, nesta terça-feira (2), a interrupção imediata do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF). A solicitação foi reforçada após audiência com Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que apresentou documentos apontando suposta fraude processual atribuída ao ministro Alexandre de Moraes.

Tagliaferro, que responde a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) por violação de sigilo funcional e outros crimes, participou por videoconferência da reunião da Comissão de Segurança Pública do Senado, presidida por Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Durante sua fala, o ex-assessor exibiu trechos de documentos que, segundo ele, comprovariam que Moraes teria fundamentado retroativamente uma decisão de busca e apreensão contra empresários em 2022.

Material sob análise jurídica O conteúdo apresentado ainda não foi divulgado integralmente, mas provocou reação imediata entre os parlamentares. A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) afirmou que o julgamento está “contaminado” e pediu que o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, suspenda o processo. Já o deputado Zucco (PL-RS), líder da oposição na Câmara, sugeriu o envio de uma peça jurídica ao ministro André Mendonça, relator do pedido de suspensão da ação.

Após os apelos, Flávio Bolsonaro solicitou a presença de um representante da Advocacia do Senado para avaliar o encaminhamento legal do material. A sessão foi temporariamente suspensa para reunião interna do colegiado.

Encaminhamentos e desdobramentos
A comissão aprovou o envio de relatório com as denúncias de Tagliaferro ao STF, TSE, Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Também foi autorizada a divulgação pública dos arquivos apresentados.

“As assessorias jurídicas estão conversando para definir o melhor instrumento legal para uma ação coletiva nas instâncias competentes”, declarou Flávio Bolsonaro.

Denúncia e extradição
Tagliaferro foi denunciado pela PGR em 23 de agosto por crimes como obstrução de investigação, coação no curso do processo e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Ele chefiou a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação durante a presidência de Moraes no TSE, entre agosto de 2022 e maio de 2024.

Após o vazamento de mensagens entre servidores do gabinete de Moraes, Tagliaferro foi exonerado e deixou o país rumo à Itália. O ministro solicitou sua extradição, e o pedido foi encaminhado pelo Ministério da Justiça ao Itamaraty. Nesta terça, a comissão também aprovou o envio de pedido de proteção ao governo italiano em favor do ex-assessor.

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FONTE: CNN
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