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PEC da Blindagem volta à pauta e reacende debate sobre impunidade no Congresso

Câmara pode voltar ao sistema de 1988 com votações secretas para autorizar investigações de parlamentares

Luiz Felipe Barbiéri / Don Carlos Leal
27/08/2025 19h59 - Atualizado há 10 horas
PEC da Blindagem volta à pauta e reacende debate sobre impunidade no Congresso
Texto da Constituição abria espaço para os parlamentares barrarem investigações por qualquer crime, inclusive os comuns, como assassinato. - Foto: Jefferson Rudy / Agência Senado / Reprodução

A Câmara dos Deputados retomou nesta quarta-feira (27) a discussão da chamada PEC da Blindagem, proposta que pode restaurar o modelo da Constituição de 1988 e permitir que deputados e senadores barrem investigações criminais contra colegas por meio de votação secreta.

A medida foi incluída na pauta pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), como parte de um acordo para encerrar a ocupação do plenário por parlamentares da oposição. O relator, deputado Lafayette de Andrada (Republicanos-MG), deve apresentar novo parecer ainda hoje.

Risco de retrocesso
Especialistas alertam que a proposta representa um retrocesso institucional. Até 2001, a Constituição exigia autorização prévia do Legislativo para que parlamentares fossem investigados ou denunciados. Essa regra foi alterada pela Emenda Constitucional nº 35, que eliminou a necessidade de aval político para abertura de processos criminais.

A possível retomada do modelo anterior reacende preocupações sobre impunidade. “Essa exigência criava uma barreira que, muitas vezes, inviabilizava a apuração de responsabilidades”, afirma o advogado constitucionalista Adib Abdouini.

Casos emblemáticos
Antes da mudança constitucional, casos como o do deputado Hildebrando Pascoal, acusado de liderar grupo de extermínio, só avançaram após autorização da Câmara. Já após 2001, investigações contra figuras como Eduardo Cunha e Aécio Neves seguiram diretamente ao STF, sem necessidade de licença parlamentar.

Reação política
A proposta enfrenta resistência de parte da sociedade civil e de parlamentares da base governista. O governo federal, por sua vez, tem evitado se posicionar diretamente, mas avalia que a aprovação da PEC pode gerar nova crise institucional entre Congresso e Supremo Tribunal Federal.

A votação da PEC ocorre em paralelo ao debate sobre o fim do foro privilegiado, outra proposta que busca alterar o regime jurídico de autoridades em casos de crimes comuns

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FONTE: G1
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