30/12/2022 às 11h15min - Atualizada em 30/12/2022 às 11h15min
Bolsonaro se despede dizendo que "nada justifica a tentativa de ato terrorista" em Brasília
Após semanas longe das transmissões ao vivo, o presidente lamentou a derrota e disse que a guerra não está perdida
G1
Após semanas longe das transmissões ao vivo, Bolsonaro fez nesta sexta-feira (30) a última live do mandato - Foto: Reprodução O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira (30) que "nada justifica a tentativa de ato terrorista" em Brasília, quando um homem plantou um explosivo em um caminhão de combustível perto do aeroporto da capital federal. Bolsonaro abriu uma live, depois de semanas longe das transmissões ao vivo, para fazer um balanço de seu mandato, que termina no sábado (31).
Logo no início de sua fala, ele se queixou de que atitudes de violência política no país são sempre atribuídas a "bolsonaristas". No entanto, George Washignton, o homem preso pela bomba, relatou à polícia que participou de atos antidemocráticos realizados por apoiadores do presidente. Disse ainda que sua intenção era iniciar o "caos" e que agiu por motivação política. A bomba não chegou a explodir.
"Hoje em dia, se alguém comete um erro é bolsonarista. Nada justifica, aqui em Brasília, essa tentativa de ato terrorista na região do aeroporto", afirmou o presidente." O elemento que foi pego, graças a Deus, que não coaduna com nenhuma situação, mas classificam como bolsonarista. É o modo de tratar", completou.
Acampamentos em frente a QGs
O presidente também comentou os acampamentos de apoiadores em frente a quartéis-generais do Exército em cidades do país. Os acampamentos fazem pedidos inconstitucionais, como intervenção militar e reversão do resultado das eleições. Para Bolsonaro, as manifestações são espontâneas e não são lideradas por ninguém. Ele afirmou que não tem participação nos atos.
"Eu não participei desse movimento. Eu me recolhi", afirmou Bolsonaro.
Ao longo da transmissão, o presidente chegou a embargar a voz algumas vezes e a fazer pausas prolongadas na fala. Um desses momentos foi quando ele lembrou os "sacrifícios" de quem esteve ao seu lado no mandato, e citou a primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
Outra ocasião foi quando disse que o Brasil "não acaba em 1º de janeiro".
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