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Lula volta a criticar tarifa dos EUA e defende soberania brasileira em artigo no New York Times

Às vésperas de novas retaliações prometidas, presidente afirma estar aberto ao diálogo com Trump, mas rejeita interferência em questões democráticas e nacionais

Lucyenne Landim / Don Carlos Leal
14/09/2025 19h06 - Atualizado há 6 horas
Lula volta a criticar tarifa dos EUA e defende soberania brasileira em artigo no New York Times
O presidente Lula afirmou, em artigo no The News York Times, que as motivações para tarifaço são políticas. - Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil / Reprodução

Brasília (DF) — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou neste domingo (14) um artigo no jornal norte-americano The New York Times, no qual se posiciona contra a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Segundo o chefe do Executivo, a medida carece de justificativa econômica e tem motivação política.

No texto, Lula afirma que o Brasil está disposto a negociar soluções diplomáticas e econômicas que tragam benefícios mútuos, mas ressalta que temas como democracia e soberania nacional não estão em discussão. “Presidente Trump, continuamos abertos a negociar qualquer coisa que possa trazer benefícios mútuos. Mas a democracia e a soberania do Brasil não estão na mesa”, escreveu.

O presidente também criticou o uso de ações unilaterais por parte dos Estados Unidos, classificando-as como inadequadas para lidar com desafios globais. Ele defendeu o multilateralismo como caminho para soluções mais equilibradas e sustentáveis.

Lula destacou que os Estados Unidos não possuem déficit comercial com o Brasil e que cerca de 75% das exportações americanas entram no país com isenção de impostos. Para ele, o tarifaço é “ilógico” e contradiz os princípios de cooperação entre os dois países.

O artigo também aborda a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ocorrida na última quinta-feira (11). Lula elogiou a decisão da Corte, classificando-a como histórica e reafirmando o compromisso do Brasil com o Estado Democrático de Direito. Ele rebateu críticas de Trump, que havia chamado o julgamento de “caça às bruxas”.

Além disso, o presidente negou que o STF esteja promovendo censura contra empresas de tecnologia americanas. Segundo ele, todas as plataformas digitais estão sujeitas às mesmas leis no Brasil, e a regulamentação visa proteger a população contra crimes digitais e desinformação.

Lula também respondeu às acusações de práticas comerciais desleais, especialmente em relação ao sistema de pagamentos Pix, afirmando que o mecanismo é seguro, gratuito e estimula a economia brasileira.

Por fim, o presidente alertou para os impactos das mudanças climáticas e defendeu a continuidade da parceria histórica entre Brasil e Estados Unidos, destacando que diferenças ideológicas não devem impedir a cooperação em áreas de interesse comum. 

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FONTE: O TEMPO
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