O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizaram uma videoconferência nesta segunda-feira (6), em um movimento que pode marcar uma nova fase nas relações entre os dois países. A conversa, segundo fontes do Palácio do Planalto, foi solicitada pelo governo norte-americano.
Durante o encontro virtual, Lula pediu a retirada da tarifa de 40% aplicada sobre produtos brasileiros e o fim de medidas restritivas contra autoridades nacionais, como o cancelamento de vistos e sanções financeiras. Entre os alvos dessas sanções está o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A conversa foi descrita por Trump como “muito boa”, e o presidente americano afirmou que os dois países “vão se dar bem juntos”. A declaração pública gerou apreensão no núcleo político ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que vinha apostando na influência de Trump para pressionar o Brasil em meio à condenação de Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.
Segundo interlocutores próximos à família Bolsonaro, o que mais causou preocupação foi o tom elogioso adotado por Trump após a conversa. A percepção é de que o presidente americano estaria adotando uma postura pragmática, diante da pressão inflacionária sobre produtos importados do Brasil, como café e carne.
A aproximação entre Lula e Trump já havia sido sinalizada em setembro, durante um breve encontro na Assembleia Geral da ONU. Desde então, cessaram as manifestações hostis por parte do governo norte-americano, incluindo notas públicas e ações diplomáticas que vinham sendo interpretadas como pressão sobre o Brasil.
Na videoconferência, o nome de Jair Bolsonaro não foi mencionado. Até recentemente, o deputado Eduardo Bolsonaro utilizava a ausência de diálogo entre o governo brasileiro e a Casa Branca como argumento para contestar decisões de instituições nacionais. A estratégia resultou em medidas como o tarifaço e a aplicação da Lei Magnitsky contra autoridades brasileiras.
A expectativa agora é de que o atual chefe da diplomacia dos EUA, Marco Rubio — aliado da família Bolsonaro e crítico de Moraes — conduza as próximas conversas com representantes do governo brasileiro. O novo cenário indica uma possível mudança na dinâmica entre os dois países, com impacto direto nas relações políticas internas.
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