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Lula pede diálogo com Trump e critica tarifa dos EUA no New York Times: ''Remédio errado''

Presidente brasileiro defende STF, rebate acusações sobre Pix e regulação digital, e afirma que soberania nacional não está em negociação

BBC / Don Carlos Leal
14/09/2025 19h06 - Atualizado há 4 horas
Lula pede diálogo com Trump e critica tarifa dos EUA no New York Times: ''Remédio errado''
Artigo de Lula tem o título "A democracia e a soberania do Brasil não são negociáveis". - Foto: NYT / BBC News Brasil / Reprodução

Brasília (DF)  — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou neste domingo (14) um artigo no jornal norte-americano The New York Times, no qual pede diálogo com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e critica a tarifa de 50% imposta sobre produtos brasileiros. No texto, Lula defende a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e afirma que a medida norte-americana tem motivação política.

Com o título “A democracia e a soberania do Brasil não são negociáveis”, o artigo é apresentado como uma carta aberta a Trump. Lula afirma que o Brasil está disposto a negociar temas que tragam benefícios mútuos, mas ressalta que a soberania e a democracia brasileira não estão em pauta.

Segundo o presidente, não há racionalidade econômica por trás das tarifas, já que os Estados Unidos mantêm superávit comercial com o Brasil e seus produtos não enfrentam barreiras significativas para entrar no mercado brasileiro. “Recorrer à ação unilateral contra estados individuais é prescrever o remédio errado”, escreveu, defendendo o multilateralismo como alternativa mais justa.

Lula também mencionou relatos de empresários brasileiros que, ao tentar estabelecer diálogo com autoridades americanas, ouviram do vice-secretário de Estado, Christopher Landau, que as tarifas tinham motivação política.

No artigo, o presidente brasileiro critica o uso da Lei Magnitsky contra o ministro do STF Alexandre de Moraes, classificando a ação como tentativa de garantir impunidade a Bolsonaro. Ele elogiou a decisão da Corte brasileira, afirmando ter “orgulho” do STF por uma “decisão histórica que salvaguarda nossas instituições e o Estado democrático de direito”.

Lula rebateu ainda acusações do governo americano sobre supostas práticas desleais no comércio digital e censura a empresas de tecnologia. Segundo ele, todas as plataformas digitais estão sujeitas às mesmas leis no Brasil, e a regulação tem como objetivo proteger a população contra crimes e desinformação. “É desonesto chamar a regulação de censura”, escreveu.

Sobre o sistema de pagamentos Pix, alvo de críticas por parte dos Estados Unidos, Lula afirmou que o mecanismo promove inclusão financeira e estimula a economia. “Não podemos ser penalizados por criar um mecanismo rápido, gratuito e seguro”, declarou.

O presidente concluiu o texto defendendo a cooperação entre Brasil e Estados Unidos, afirmando que diferenças ideológicas não devem impedir os dois países de trabalharem juntos em áreas de interesse comum.

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FONTE: PORTAL TERRA
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