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23/08/2024 às 15h07min - Atualizada em 23/08/2024 às 15h07min

Pablo Marçal nega afastamento com ex-presidente e põe a culpa da intriga em Carlos Bolsonaro: 'Retardado mental'.

Ex-coach evitou entrar em rota de colisão com o principal apoiador da candidatura à reeleição de Ricardo Nunes (MDB), mas não se furtou de atacar filho do ex-mandatário

Samuel Lima / Don Carlos Leal
O GLOBO
Pablo Marçal (PRTB), candidato à prefeitura de São Paulo. - Foto: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo / Reprodução
O empresário Pablo Marçal (PRTB) negou, na noite desta quinta-feira, que tenha tido uma ruptura definitiva com Jair Bolsonaro (PL), que deve fortalecer a campanha à reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB) em São Paulo. Em entrevista ao portal Metrópoles, o ex-presidente chegou a afirmar que "falta caráter" ao ex-coach.

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— Isso é discussão eleitoral. Depois que passa a eleição, fica tudo certo — disse Marçal, após evento com empresários.

O candidato do PRTB sugeriu a Bolsonaro que não pense "com o intestino" e até pediu conselhos.

— Se falta caráter, ele pode me ensinar, falar o que precisa. Eu respeito ele e estou à disposição para aprender. Não tenho nenhum problema com o Bolsonaro — completou.

Marçal associou a discussão que teve mais cedo em post do ex-presidente a uma "presepada" do filho "02", Carlos Bolsonaro (PL), vereador do Rio de Janeiro. Em conversa com jornalistas, chamou Carlos de "retardado mental", mas acrescentou que tenta preservá-lo "em respeito ao capitão".

Bolsonarismo dividido
Sobre o crescimento na pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta, que o colocou em empate técnico na liderança, junto a Nunes e Guilherme Boulos (PSOL), o ex-coach comentou que virou um "pesadelo" para os adversários. Ele disse confiar que irá subir ainda mais nos levantamentos com dinheiro para a campanha. Ao receber um prêmio de empreendedorismo, pediu doações da plateia e recebeu afagos.

Marçal procurou desvencilhar o apreço do eleitorado bolsonarista com o ex-presidente à disputa de São Paulo, alegando que Nunes é um candidato que não representa os princípios da direita e conta com um "secretariado todo comunista".

— A parte boa é que os conservadores, os liberais não vivem, de forma nenhuma, como gado. A gente vai votar naquilo que a gente acredita — declarou, ensaiando uma frase de efeito: — A liberdade não tem dono.

Otimista com a disputa, Marçal já fala até em eleger seu coordenador do plano de governo, Filipe Sabará, como sucessor na prefeitura. Ele evitou, contudo, dizer quais são os seus planos futuros na política e se passam por uma candidatura ao governo do Estado ou até à presidência em 2026.

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