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25/02/2024 às 15h35min - Atualizada em 25/02/2024 às 16h35min

Apoiadores lotam a Avenida Paulista no ato de Bolsonaro

Manifestação foi convocada pelo ex-presidente em meio às investigações sobre a participação dele em uma suposta tentativa de golpe

Don Carlos Leal
G1
Imagem aérea feita por volta de 14:30 mostra apoiadores de Bolsonaro na Avenida Paulista neste domingo (25). - Foto: Reprodução / Reprodução
Apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) fazem um ato neste domingo (25) na Avenida Paulista em defesa do ex-presidente, investigado pela Polícia Federal por uma tentativa de golpe de Estado para mantê-lo no poder e evitar a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Bolsonaro chegou à Paulista de carro junto com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Também participam do ato a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, os governadores de Minas Gerais Romeu Zema (Novo), de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), além de parlamentares aliados e do pastor Silas Malafaia. Por volta de 14:30, o ato ocupava três quarteirões e meio. A Polícia Militar mobilizou 2 mil homens para fazer a segurança na Paulista. O ex-presidente deve discursar em um carro de som estacionado perto do Museu de Arte de São Paulo (Masp).

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, alvo de operação da PF na investigação sobre a tentativa de golpe e preso em flagrante no dia 8 por estar com uma arma irregular e com uma pepita de ouro, discursou mais cedo no carro de som e disse que, graças aos eleitores de Bolsonaro, o PL se tornou o "maior partido do Brasil".

Devido às investigações, Bolsonaro e Valdemar não podem manter contato, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral 

Os apoiadores do ex-presidente chegaram ao local nas primeiras horas da manhã, com bandeiras do Brasil e camisetas amarelas.

Alguns portavam bandeiras de Israel. Na última semana, o governo de Benjamin Netanyahu foi criticado por Lula, que chamou de genocídio a morte de palestinos em Gaza e comparou as ações do Exército israelense ao extermínio de judeus por nazistas no Holocausto. Em resposta, Israel declarou Lula “persona non grata”, o que significa que sua presença não é bem-vinda.

Alguns apoiadores levaram cartazes contrários ao comunismo e com lemas em defesa da pátria e da família.

Bolsonaro foi um dos alvos da operação Tempus Veritatis, deflagrada pela PF há duas semanas. De acordo com as investigações, o ex-presidente, alguns de seus ex-ministros e militares se organizaram para tentar um golpe de Estado e impedir a chegada de Lula ao poder.

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