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22/02/2024 às 07h58min - Atualizada em 22/02/2024 às 07h58min

EUA e Brasil divergem nas declarações sobre Israel, mas defendem criação de um Estado Palestino

O presidente Lula e o secretário de Estado dos Estados Unidos se reuniram nesta quarta-feira (21/2) para discutir temas bilaterais e doação ao Fundo Amazônia

Victor Correia / Don Carlos Leal
CORREIO BRAZILIENSE
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião com o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, no Palácio do Planalto. - Foto: Ricardo Stuckert / PR / Reprodução
Os Estados Unidos afirmaram que não concordam com a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre estar acontecendo um genocídio na Faixa de Gaza e a comparação da operação militar de Israel com o Holocausto. A declaração foi feita na terça-feira (20) por Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, enquanto respondia perguntas de repórteres.

“Obviamente, nós discordamos desses comentários. Fomos bastante claros que não acreditamos que um genocídio ocorreu em Gaza. Queremos ver o conflito encerrado tão cedo quando for possível. Queremos ver aumento sustentado de ajuda humanitária para civis em Gaza, mas não concordamos com esses comentários”, disse Miller.

O Palácio do Planalto declarou nesta quarta-feira (21/2) que tanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quanto o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, defendem a criação de um Estado Palestino. Os dois estiveram reunidos pela manhã para uma conversa que tratou de temas bilaterais, da relação brasileira com a Venezuela e da presidência brasileira do G20.

"O secretário agradeceu a atuação do Brasil pelo diálogo entre Venezuela e a Guiana. O presidente Lula reafirmou seu desejo pela paz e fim dos conflitos na Ucrânia e na Faixa de Gaza. Ambos concordaram com a necessidade de criação de um Estado Palestino", diz a nota divulgada pelo Planalto.

O encontro durou cerca de um hora duas horas. Na saída, Blinken disse estar "muito grato" pela parceria e "amizade" entre Brasil e Estados Unidos, mas não comentou o conteúdo da conversa. Questionado sobre a guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas, na Faixa de Gaza, o secretário americano não respondeu. 

Também estavam presentes na reunião o assessor especial da Presidência e ex-chanceler Celso Amorim, e a embaixadora dos EUA no Brasil, Elizabeth Bagley. No início do encontro, ao qual a imprensa teve acesso, Lula perguntou a Blinken quando serão as eleições presidenciais americanas. O secretário, por sua vez, respondeu que serão em novembro, e que a campanha ocorre agora focada em "quatro ou cinco estados", devido à polarização do país.

"O presidente Lula registrou todo o seu apreço pelo presidente [Joe] Biden, por sua postura em defesa da democracia e pelas medidas que tem adotado em prol dos trabalhadores dos EUA. O secretário congratulou o Brasil pela aprovação da reforma tributária, recuperação de políticas sociais e de responsabilidade fiscal. Lembrou que os EUA são o principal investidor no Brasil e estão abertos a aprofundar os vínculos econômicos e comerciais entre os dois países", descreveu o Planalto.

Os Estados Unidos também estudam fazer um novo aporte ao Fundo Amazônia, segundo Blinken. O secretário concordou ainda com a necessidade de reformar os órgãos de governança internacional, um dos principais temas da presidência brasileira do G20. Na mesma toada, Lula defendeu também que é preciso discutir a dívida externa dos países africanos. Para o presidente brasileiro, é necessário perdoá-las. Logo após deixar o Planalto, Blinken embarcou para o Rio de Janeiro, onde participa da Cúpula de Chanceleres do G20. 

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