08/02/2024 às 07h56min - Atualizada em 08/02/2024 às 07h56min
Suzane Von Richthofen comandou o assassinato dos seus pais
Mas após alguns anos na prisão, por apresentar bom comportamento, ela se beneficiou das “saidinhas” para sair do presídio no dia dos pais
Don Carlos Leal
BRASIL PARALELO
No dia 31 de outubro de 2002, Suzane Von Richthofen abriu a porta da mansão da família, para que os irmãos Cravinhos pudessem assassinar seus pais. - Foto: Luara Leimig / Reprodução Em 1984, o líder da ditadura militar, João Figueiredo, sancionou uma lei inédita no Código Penal brasileiro: com a aprovação da Lei 7.210, os prisioneiros que estivessem em regime semi-aberto e apresentassem bom comportamento poderiam sair da prisão e passar alguns dias com seus familiares. Após 40 anos, o dispositivo penal gerou escândalos nacionais:
Suzane Richthofen saiu do presídio mais de uma vez no dia dos pais, mesmo tendo sido mandante do assassinto dos próprios pais;
Condenado pelo assassinato da filha, Alexandre Nardoni deixou o presídio mais de uma vez em 'saidinha' do Dia dos Pais. Em janeiro de 2024, o policial militar Roger Dias da Cunha, pai de família, foi assassinado por um criminoso que estava sob o benefício da saída temporária de fim de ano.
Esses e outros episódios revoltaram a população, levando o deputado federal Capitão Derrite a propor um projeto de lei contra a saidinha dos bandidos.
Agora, o projeto está perto de se tornar uma realidade. O Senado aprovou na quarta-feira (7) urgência para votação do projeto que altera a Lei de Execução Penal e acaba com a possibilidade de saída temporária de presos em feriados e datas comemorativas, conhecida popularmente como "saidinha".
Proposta permite que presos saiam para estudar; texto ainda vai para o plenário. Grupo formado pelo MPF, defensorias e entidades diz que o projeto é 'inconstitucional'.
Relembre o caso:
No dia 31 de outubro de 2002, Suzane abriu a porta da mansão da família no Brooklin, em São Paulo, para que os irmãos Cravinhos pudessem acessar a residência. Depois disso, eles foram para o segundo andar do imóvel e mataram Manfred e Marísia com marretadas na cabeça.
Suzane e Daniel conheceram-se em agosto de 1999 e começaram um relacionamento pouco tempo depois. Ambos tornaram-se muito próximos, mas o namoro não tinha o apoio das famílias, principalmente dos Richthofen, que proibiram o relacionamento. Suzane, Daniel e Cristian então criaram um plano para simular um latrocínio e assassinar o casal Richthofen, assim os três poderiam dividir a herança de Suzane.
O interesse da população pelo caso foi tão grande que a rede TV Justiça cogitou transmitir o julgamento ao vivo. Emissoras de TV, rádios e fotógrafos chegaram até a ser autorizadas a captar e divulgar sons e imagens dos momentos iniciais e finais, mas o parecer definitivo negou a autorização. Cinco mil pessoas inscreveram-se para ocupar um dos oitenta lugares disponíveis na plateia, o que congestionou durante um dia inteiro a página do Tribunal de Justiça na internet. Suzane e Daniel Cravinhos foram condenados a 39 anos e 6 meses de prisão; Cristian Cravinhos foi condenado a 38 anos e 6 meses de reclusão.
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