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Coca Zero: o que diz a empresa sobre o aspartame usado no refrigerante

Refrigerante diet é composto de adoçante artificial definido pela OMS como "potencialmente cancerígena', se usado em ingestão diária aceitável por humanos

Correio Braziliense
16/07/2023 00h01 - Atualizado em 16/07/2023 às 00h01
Coca Zero: o que diz a empresa sobre o aspartame usado no refrigerante
Substância da Coca Zero pode ser classificada como cancerígena pela OMS. Imagem: Chenyu Guan / Unsplash / Reprodução
A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu que a substância aspartame - utilizada para adoçar a Coca Zero - é "possivelmente cancerígena", em comunicado oficial feito na noite desta quinta-feira (13/7). No entanto, o parâmetro de consumo considerado seguro para seres humanos foi mantido. Segundo estudos da Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (Iarc), para não ter risco de desenvolver tumores, é seguro manter uma ingestão diária aceitável.

A Iarc afirmou que vai continuar monitorando novas evidências e incentivando grupos de pesquisa independentes a desenvolverem estudos adicionais sobre os efeitos da substância. "As evidências limitadas de carcinogenicidade em seres humanos e animais e as evidências limitadas de mecanismos de como a carcinogenicidade pode ocorrer destacam a necessidade de mais pesquisas para aprimorar nossa compreensão sobre se o consumo de aspartame representa um risco carcinogênico", pontuou Mary Schubauer-Berigan, da Iarc.

A sugestão da Iarc, órgão da OMS, é que sejam ingeridos de 0 a 40 miligramas por quilo de peso corporal - levando em consideração que cada lata de refrigerante diet tem entre 200 a 300 miligramas de aspartame. Assim, se uma pessoa tem 70 quilos, ela deve beber até 2,8 mil miligramas de aspartame, o que, segundo a OMS, corresponde a nove a 14 latas de refrigerante diet por dia para se manter livre de câncer - isso se ela não comer mais nenhum tipo de adoçante na dieta alimentar do dia.

A quantidade pode parecer grande, mas, no Brasil, também é difundida a venda desses refrigerantes "zero" em garrafas de dois litros. A Coca afirma que há 12 miligramas de aspartame em cada 100 mililitros do refrigerante. Usado desde a década de 1980, o aspartame foi avaliado em 1951 pelo Comitê Conjunto de Especialistas em Aditivos Alimentares da OMS/FAO (JECFA), que analisa os riscos para produtos químicos e aditivos em alimentos. Contudo, ele nunca tinha sido avaliado pelas monografias da IARC - um programa que identifica risco de câncer em componentes e alimentos.

Denise Franco, endocrinologista e diretora da ADJ Diabetes Brasil, defende que é essencial um parecer oficial da OMS sobre outros adoçantes artificiais. "É necessário porque esse é um produto consumido por um grande número de pessoas. Quando se libera o consumo, é importante ter certeza da segurança dessa substância. Por isso, não só o aspartame, mas também todos os outros adoçantes devem passar pela mesma avaliação", justificou.

No site da Coca-Cola, a empresa também aponta que o aspartame é um dos ingredientes alimentares mais exaustivamente pesquisados no mundo e que é permitido em mais de 100 países, incluindo os EUA, México, União Europeia, Turquia e Japão. "Especialistas em saúde continuam a confirmar que o aspartame é seguro. Sua segurança foi validada mais uma vez", destacou a empresa ao responder a dúvida "O aspartame da Coca-Cola sem açúcar faz mal".

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FONTE: ESTADO DE MINAS
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