Juscelino Filho tem sido alvo de supostas irregularidades em viagens - Foto: Reprodução
O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, detalhou, nesta segunda-feira (6), em entrevista exclusiva à CNN, as explicações que deu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para permanecer em seu cargo, durante uma reunião em Brasília.
Juscelino Filho tem sido alvo de supostas irregularidades em viagens. As denúncias surgiram após uma reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo” revelar que dos quatro dias de uma viagem realizada com deslocamento em avião da Força Aérea Brasileira (FAB), três foram dedicados a compromissos com cavalos de raça. Ainda há acusações sobre uma ida ao Maranhão.
“A reunião com o presidente foi muito boa, muito tranquila. Tive a oportunidade de esclarecer para ele todas essas acusações infundadas que venho sofrendo nos últimos dias”, disse o ministro.
Sobre as agendas, Juscelino afirmou que mostrou para Lula o que foi feito em cada localidade. No Maranhão, cita que houve compromisso com a gerência regional da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), com o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), com o governador, Carlos Brandão (PSB), e com a Federação dos Municípios.
Em São Paulo detalhou reuniões com a operadora de telefonia Claro; um encontro técnico com a equipe do escritório regional da Telebrás; um compromisso com o gerente regional da Anatel; e, por fim, uma reunião com o grupo BYD.
O chefe das Comunicações explicou que “o sistema gera automaticamente as diárias do período. Ele não reconhece as diárias do final de semana, e acaba gerando esse transtorno, esse erro. Na sequência, assim que chegou a mim essa informação, eu já de imediato determinei que fosse aberto o procedimento administrativo interno para ver o motivo desse erro no sistema e fosse gerado a guia de recolhimento da União para que fosse devolvido esses valores”.
Asfalto em estrada no Maranhão Questionado sobre ter levado asfalto a uma estrada que dá acesso a sua propriedade no Maranhão com recursos do orçamento secreto, o ministro negou.
“Apresentei ao presidente que a estrada referida nessa situação, eu mostrei a ele imagens de hoje que ela está lá de chão, de piçarra e com lama. A estrada não está asfaltada ou pavimentada. Lá, trata-se de um ramal do município que passa pela fazenda e dá acesso a várias comunidades”, expôs.
“O que há dessa estrada é um projeto para ser pavimentada essa estrada, ela ultrapassa a área da fazenda e vai beneficiar dezenas de comunidades e milhares de pessoas que vivem nessa direção dessa estrada”, continuou.