Baleia-jubarte é encontrada morta em Laguna (SC) — Foto: PMP BS-Udesc/Reprodução
Um filhote de baleia-jubarte foi retirado de redes de pesca irregulares pelos bombeiros em Barra Velha, no Norte catarinense, nesta quinta-feira (1°). O animal estava preso pela boca e sofreu ferimentos na parte dorsal. A equipe levou cerca de uma hora para conseguir romper os cabos. "O animal estava preso a cerca de 600 metros da praia, na conhecida lage de Barra Velha. Neste local há grande quantidade de redes de pesca irregulares", informou a corporação.
O resgate aconteceu por volta das 8h depois que moradores avistaram o animal. Os agentes se deslocaram até a praia central e encontraram o animal enroscado na rede. Os bombeiros afirmaram que o filhote estava muito agitado, o que acabou dificultando os trabalhos. Após o corte dos cabos da rede que seguravam o animal, ele foi liberado. Em Santa Catarina, além das baleias-jubartes, as francas também foram avistadas em junho.
Com o aumento populacional, as baleias jubartes estão aparecendo com mais frequência no litoral brasileiro. Outro fator que pode estar contribuindo é o aumento da temperatura da água em até 1,3°C , segundo a Epagri/Ciram. Este aumento foi notado já em abril, mas se manteve pelo menos até a segunda semana de junho. “Suspeitamos que esse fenômeno possa ser um dos motivos para elas terem se aproximado e ficado por tanto tempo no nosso litoral”, detalha o biólogo da Epagri/Ciram, Luiz Vianna.
Mais baleias-jubarte são vistas em maio de 2021 no litoral de SC do que nos últimos 20 anos. Esses animais migram para o litoral do Brasil para se reproduzir e utilizam principalmente a área de concentração no Banco dos Abrolhos na Bahia.
Uma baleia-jubarte que foi encontrada morta na praia de Itapirubá Sul em Laguna, no Sul catarinense. A equipe do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) realizou a necropsia do animal juvenil, na terça-feira (29). O animal tinha oito metros de comprimento e aproximadamente quatro toneladas. O corpo da baleia estava em avançado estado de decomposição, o que impediu a equipe veterinária de determinar a causa da sua morte. Um possível problema nutricional no animal não pode ser descartado. "O cetáceo não apresentava nenhuma marca ou evidência de interação antrópica, porém estava com uma condição corporal de indivíduo magro. Também não foi reconhecido conteúdo alimentar no estômago, nem nas porções iniciais do intestino, indicativo de que estava sem se alimentar”, segundo o médico veterinário, Eduardo Macagnan.
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