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Eduardo se isola politicamente enquanto Lula ganha fôlego com crise internacional

Segundo o colunista Guilherme Macalossi, ações do deputado nos EUA fortaleceram o discurso do governo e dificultaram a articulação da direita

Guilherme Macalossi / Jocelaine Santos / Don Carlos Leal
28/09/2025 19h33 - Atualizado há 3 horas
Eduardo se isola politicamente enquanto Lula ganha fôlego com crise internacional
Eduardo Bolsonaro disse que o único remédio é a anistia, depois que os EUA anunciaram sanções a Viviane Barci de Moraes. - Foto: Zoltan Mathe / EFE / Reprodução

Em análise publicada na Gazeta do Povo, o colunista Guilherme Macalossi avalia que a atuação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos, aliada à defesa de sanções internacionais contra autoridades brasileiras, teve efeito contrário ao desejado pelo deputado. Para Macalossi, o chamado “lulopetismo” se fortaleceu politicamente em meio à crise provocada pelas tarifas impostas pelo presidente americano Donald Trump.

Há poucos meses, o governo Lula enfrentava dificuldades no Congresso e índices de impopularidade em ascensão. No entanto, segundo o colunista, a tentativa de intervenção internacional em favor de Jair Bolsonaro, articulada por seu filho, gerou uma reação política que favoreceu o presidente. Manifestações em diversas capitais e o crescimento nas pesquisas de aprovação e intenção de voto indicam uma retomada de apoio ao governo.

Na última pesquisa Atlas/Bloomberg, Lula aparece à frente de todos os adversários em simulações de segundo turno, incluindo o próprio Jair Bolsonaro. Macalossi argumenta que Eduardo, ao apostar em uma estratégia de confronto, acabou por consolidar o presidente como antagonista internacional e catalisador de uma narrativa de defesa do interesse nacional.

O colunista destaca que Eduardo não deixou margem para recuo. Sem canais de negociação fora de seu núcleo político, o deputado se vê isolado, enquanto lideranças governistas retomam articulações com figuras como Hugo Motta e Davi Alcolumbre. A postura de Eduardo, que chegou a sugerir sacrifícios econômicos em nome de sua causa, contrasta com a movimentação do governo em defesa dos setores produtivos afetados pelas tarifas.

As sanções impostas pelos Estados Unidos, incluindo medidas contra a esposa do ministro Alexandre de Moraes e outras autoridades brasileiras, não intimidaram o sistema político nacional. Pelo contrário, reforçaram o espírito de proteção institucional e corporativa.

Macalossi também observa que a pauta da anistia, inicialmente defendida por Eduardo, foi reformulada pelo Centrão. O projeto passou a tratar da dosimetria das penas, com o ex-presidente Michel Temer propondo ajustes que excluem a anistia ampla. Investigações adicionais por coação no curso do processo foram abertas contra Jair e Eduardo Bolsonaro, e o ex-presidente já cumpre prisão domiciliar após condenação pelo STF.

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FONTE: GAZETA DO POVO
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