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Motta critica polarização e credita a Lula um quarto mandato

“Eleito 3 vezes, caminhando para a 4ª eleição”, disse o presidente da Câmara, que defende debate técnico na segurança pública e aponta entraves políticos em pautas estruturantes

Fernanda Tavares / Don Carlos Leal
26/09/2025 19h40 - Atualizado há 17 horas
Motta critica polarização e credita a Lula um quarto mandato
Hugo Motta vê Lula em “processo de reeleição” e critica polarização no Congresso. - Foto: Ricardo Stuckert / PR / Reprodução

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta sexta-feira (26) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já estaria em processo de reeleição, caminhando para disputar sua quarta eleição presidencial vitoriosa. A declaração foi feita durante evento sobre segurança pública promovido pela Comunitas, em meio a críticas ao ambiente político polarizado.

“Temos pela primeira vez o presidente da República três vezes eleito desde a redemocratização do país, já caminhando para a sua quarta eleição, já em processo de reeleição”, disse Motta.

A fala ocorreu no contexto de uma análise sobre os desafios enfrentados pela Câmara para avançar em pautas estruturantes. Segundo o parlamentar, a polarização tem travado o debate legislativo e dificultado o andamento de propostas relevantes.

Entre as iniciativas citadas, Motta destacou a proposta de emenda constitucional que cria o Sistema Único de Segurança Pública. De acordo com ele, a PEC busca fugir da radicalização e promover maior integração no financiamento de políticas contra o crime organizado.

“A PEC traz isso: cria o sistema único de segurança pública, permitindo maior integração no financiamento daquilo que o Brasil pode projetar para o futuro nesse enfrentamento contra o crime organizado”, afirmou.

O deputado também justificou a escolha de Mendonça Filho (União Brasil-PE) como relator da proposta, apontando a necessidade de um debate técnico, distante da disputa ideológica.

“O intuito da Câmara, ao escolher o deputado Mendonça Filho como relator, foi primeiro fazer um debate distante da polarização política tão presente no país e, claro, dentro da Câmara — a casa com maior representação e, consequentemente, onde a radicalização grita mais forte”, disse.

Motta ainda mencionou fatores externos que, segundo ele, têm interferido no andamento de outras matérias no Congresso, como o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal e as sanções impostas pelos Estados Unidos a um ministro da Corte.

“Tudo que se discute acaba nesse debate da radicalização, da polarização, tomando espaço de momentos para estar discutindo outras pautas importantes”, concluiu.

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FONTE: CNN
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