Brasília (DF) - O Supremo Tribunal Federal (STF) programou uma série de sessões extras para a próxima semana, acelerando o julgamento dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. A decisão, tomada pelo ministro Cristiano Zanin, prevê quatro dias consecutivos de julgamento — de terça a sexta-feira — e tem gerado críticas sobre a velocidade do processo.
Durante participação no programa CNN Arena, o analista político Pedro Venceslau avaliou que a medida intensifica o debate sobre o ritmo adotado pelo STF. Segundo ele, a inclusão das sessões extras reforça a percepção de que o tribunal está apressando a conclusão do julgamento.
Divergências e possíveis pedidos de vista
O primeiro voto será do ministro Alexandre de Moraes, com previsão de duração de cerca de três horas. Em seguida, vota Luiz Fux, que tem demonstrado divergências em relação a Moraes. A possibilidade de um pedido de vista por parte de Fux levanta a hipótese de uma extensão do processo por até 90 dias.
Na sequência, estão previstos os votos de Carmen Lúcia e Cristiano Zanin. De acordo com o regimento interno do STF, os ministros podem antecipar seus votos mesmo diante de um pedido de vista, o que pode colocar Fux em uma posição delicada, considerando a provável convergência entre os demais magistrados.
Repercussões e críticas ao calendário
A intensificação do calendário tem sido alvo de críticas, com especialistas e opositores apontando para um ritmo considerado excessivamente acelerado. A expectativa é que o julgamento seja concluído ainda em setembro.
Além das implicações internas, o desfecho do processo pode gerar repercussões internacionais. Há atenção especial ao posicionamento dos Estados Unidos, que avaliam possíveis sanções relacionadas ao resultado do julgamento.
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