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PF amplia investigação sobre venda de decisões no STJ e identifica minutas em oito gabinetes

Documentos encontrados com lobista e advogado assassinado indicam possível vazamento e falsificação de sentenças judiciais

Redação PT / Don CarlosLeal
01/09/2025 19h40 - Atualizado há 2 dias
PF amplia investigação sobre venda de decisões no STJ e identifica minutas em oito gabinetes
PF investiga suposto esquema de venda de decisões envolvendo servidores do STJ. - Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil / Estadão / Reprodução

Brasília (DF) - A Polícia Federal (PF) ampliou o escopo da Operação Sisamnes e passou a investigar oito gabinetes de ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) por suspeita de vazamento e comercialização de decisões judiciais. A nova fase da apuração foi motivada pela descoberta de minutas de votos e despachos nos dispositivos eletrônicos do lobista Andreson de Oliveira Gonçalves e do advogado Roberto Zampieri, assassinado em dezembro de 2023.

Inicialmente, a investigação envolvia quatro gabinetes. Com os novos documentos, foram incluídos os gabinetes dos ministros Marco Buzzi, Antônio Carlos Ferreira, João Otávio de Noronha e Ricardo Villas Bôas Cueva, além do ex-ministro Paulo de Tarso Sanseverino. Os gabinetes de Isabel Galotti, Moura Ribeiro, Nancy Andrighi e Og Fernandes já eram alvo da apuração.

Segundo relatório da PF, algumas minutas apresentavam “trechos coincidentes” com decisões oficiais, criadas dias ou meses antes da publicação no Diário Oficial. Em um dos casos, uma minuta de voto do ministro Marco Buzzi sobre disputa fundiária no Mato Grosso foi criada dois meses antes da decisão oficial. Outro documento, referente a uma ação entre empresas de telefonia e seguradora, também foi identificado com data anterior à publicação.

A PF também encontrou indícios de falsificação de documentos por parte do lobista. Entre os arquivos estavam modelos com a marca d’água do STJ e uma falsa ordem de prisão atribuída ao ministro Og Fernandes, relacionada à Operação Faroeste. A suspeita é de que os documentos foram usados para extorquir empresários.

A investigação teve início após a apreensão do celular de Zampieri, durante apuração do homicídio. O Ministério Público de Mato Grosso identificou indícios de compra de sentenças e encaminhou o material ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que repassou o caso à PF.

Em nota, os ministros citados negaram conhecimento dos vazamentos e qualquer favorecimento a partes representadas por Andreson. O gabinete do ministro Marco Buzzi afirmou que os projetos de decisões são elaborados em sistema interno e que os processos citados foram julgados de forma unânime. O gabinete de Villas Bôas Cueva não se pronunciou. Já o ministro Antônio Carlos Ferreira informou que solicitou à Presidência do STJ a abertura de apuração sobre o caso.

A PF deve entregar nos próximos dias ao ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), um relatório parcial com os novos elementos. O documento aponta “volume expressivo de novas provas” e sugere a ampliação do escopo investigativo.

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FONTE: PORTAL TERRA
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