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Qual interesse da esquerda em provocar os atos do 8 de janeiro?

Ex-presidente Bolsonaro afirmou a esquerda teria orquestrado os atos do 8 de janeiro de 2023, durante o ato na Avenida Paulista no domingo (26)

Ramiro Brites / Luiz Vassallo / Don Carlos Leal
29/06/2025 15h33 - Atualizado há 10 horas
Qual interesse da esquerda em provocar os atos do 8 de janeiro?
Vidro destruído por atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 em Brasília. - Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil / Reprodução

Imagine um cenário onde a esquerda tivesse interesse em provocar o quebra-quebra no 8 de janeiro, ''ao permitir ou até instigar os atos para criar um evento traumático, justificando uma repressão mais dura ao bolsonarismo, desmoralizando seus líderes, prendendo seus apoiadores mais radicais e consolidando o novo governo como defensor da democracia.” Esse tipo de raciocínio lembra a lógica de “falsa bandeira” — uma tática em que um grupo provoca um ataque para culpar o adversário e obter ganhos políticos. Mas, mesmo nessa linha de pensamento, o risco seria altíssimo: colocar em xeque a estabilidade institucional, a segurança de autoridades e a imagem internacional do país. Além disso, como o próprio presidente Lula não estava em Brasília no dia, essa teoria foi usada por Bolsonaro como “prova” de que ele “sabia o que ia acontecer”— o que, novamente, carece de qualquer evidência concreta. Na Paulista, o ex-presidente afirmou que o movimento do 8/1 foi “mais do que claro, orquestrado pela esquerda” e que está sendo processado por uma “fumaça de golpe”. No entanto, não há provas ou indícios concretos que sustentem essa acusação. As investigações conduzidas até agora apontam para a participação direta de apoiadores do ex-presidente nos ataques às sedes dos Três Poderes. Do ponto de vista lógico e estratégico, não faria sentido para a esquerda promover um cenário que pudesse justificar uma intervenção militar — especialmente considerando que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, já havia vencido democraticamente as eleições e estava prestes a assumir o cargo. Criar o caos para permitir uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem) que favorecesse a permanência de Bolsonaro no poder iria contra os próprios interesses da esquerda. Muitos aliados de Bolsonaro alegam que há uma “agenda ideológica” do governo Lula e do Judiciário para criminalizar a oposição. Essa tese de “perseguição política” é usada para manter a coesão do grupo e justificar atos anteriores. Em 2020, no período pós-eleição dos Estados Unidos, Donald Trump e aliados também alegaram fraude eleitoral sem provas, o que culminou na invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021. Posteriormente, tentaram minimizar os atos e apresentar os invasores como “patriotas injustiçados”

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FONTE: METRÓPOLES
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