As motivações por trás desse movimento são complexas e, dependendo da perspectiva, podem ser vistas sob diferentes lentes. Alguns observadores apontam que há um forte componente de preservação de poder e influência política. Com Jair Bolsonaro inelegível, os filhos — como Carlos, Eduardo, Flávio e agora Renan — assumem papéis centrais para manter a presença da família nas esferas de decisão. A movimentação de Carlos para Santa Catarina, por exemplo, pode ser uma tentativa de escapar da saturação política em São Paulo e encontrar um terreno mais fértil eleitoralmente. Outros enxergam uma narrativa messiânica construída ao longo dos anos, em que a família se apresenta como defensora da moralidade, da segurança e da luta contra a corrupção. Essa retórica ainda ressoa com uma parcela significativa do eleitorado, especialmente em regiões mais conservadoras como Santa Catarina. Há também quem veja interesses materiais e proteção jurídica como parte do pacote. Investigações como a da “Abin paralela”, que envolve Carlos Bolsonaro e outros aliados em um suposto esquema de espionagem ilegal, levantam suspeitas de que manter cargos políticos pode ser uma forma de garantir foro privilegiado e influência institucional. Por fim, há o fator simbólico: a ideia de que a família representa uma “resistência” contra o que chamam de “sistema” ou “establishment”. Isso alimenta uma base fiel que vê os Bolsonaros como vítimas de perseguição política e, ao mesmo tempo, como salvadores da pátria. Se é altruísmo ou ambição, missão ou estratégia, talvez a resposta esteja em algum ponto entre todos esses elementos. Mas uma coisa é certa: a família Bolsonaro continua sendo um dos núcleos mais polarizadores e estrategicamente ativos da política brasileira.
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