Quais os impactos em curto prazo nos preços das passagens após uma fusão entre Gol e Azul?
A possível fusão entre as companhias aéreas Azul e Gol pode colocar 60% do mercado nacional de aviação civil nas mãos de um único grupo
Lais Carregos / Don Carlos Leal
21/01/2025 08h01 - Atualizado há 13 horas
No curto prazo, a fusão entre a Gol e a Azul pode resultar até na redução de preços, devido à integração das rotas e melhor utilização dos recursos. - Foto: Zurich Airport / Reprodução
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O Grupo Abra, controlador da Gol e da Avianca, assinou um memorando de entendimento com a Azul, marcando o início de uma possível fusão entre as duas maiores companhias aéreas do país. Contudo, as dificuldades enfrentadas por ambas as empresas sugerem que os benefícios dessa fusão podem não vir sem desafios substanciais. A combinação de Azul e Gol, embora mantenha suas marcas e operações de forma independente, pode criar um player dominante no mercado brasileiro, com mais de 60% de participação em passageiros transportados. Juntas, Gol e Azul controlariam cerca de 60% do mercado doméstico. Isso pode reduzir a concorrência, já que apenas duas grandes empresas (Gol+Azul e LATAM) dominariam o setor.
O Grupo Abra, controlador da Gol e da Avianca, assinou um memorando de entendimento com a Azul, marcando o início de uma possível fusão entre as duas maiores companhias aéreas do país. Contudo, as dificuldades enfrentadas por ambas as empresas sugerem que os benefícios dessa fusão podem não vir sem desafios substanciais. A combinação de Azul e Gol, embora mantenha suas marcas e operações de forma independente, pode criar um player dominante no mercado brasileiro, com mais de 60% de participação em passageiros transportados. Juntas, Gol e Azul controlariam cerca de 60% do mercado doméstico. Isso pode reduzir a concorrência, já que apenas duas grandes empresas (Gol+Azul e LATAM) dominariam o setor. A concentração de mercado pode levar a um aumento nos preços das passagens aéreas, pois a falta de concorrência geralmente resulta em preços mais altos. A fusão pode resultar em uma maior oferta de voos e destinos, especialmente em áreas onde as rotas das duas companhias são complementares. No entanto, a redução de concorrência pode limitar a entrada de novos concorrentes no mercado. No curto prazo, pode haver alguma competitividade e até redução de preços devido à integração das rotas e melhor utilização dos recursos. No entanto, isso pode mudar no longo prazo. No longo prazo, há risco de aumento dos preços das passagens devido à menor concorrência e ao maior poder de precificação das duas empresas. Os pontos positivos estão na melhoria na conectividade, na maior eficiência operacional e na expansão internacional. Os negativos, estão no potencial aumento dos preços das passagens e na restrição da entrada de novos concorrentes. A aprovação da fusão depende do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), que pode impor restrições para garantir uma concorrência justa. Em resumo, enquanto a fusão pode trazer alguns benefícios como maior conectividade e eficiência, há preocupações legítimas sobre o aumento dos preços e a redução da concorrência. O impacto final dependerá das regulamentações impostas pelo CADE e da forma como as empresas gerenciam a fusão.
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FONTE: G1