O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e 3 meses de prisão por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A decisão foi tomada por 4 votos a 1, com os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin votando pela condenação, e Luiz Fux pela absolvição. A pena deverá ser cumprida inicialmente em regime fechado, mas a execução só ocorrerá após o trânsito em julgado, quando não houver mais possibilidade de recurso. A defesa ainda pode apresentar embargos e outras medidas jurídicas. O local onde Bolsonaro cumprirá a pena será definido pelo relator do processo ou pelo juiz da execução penal. Especialistas apontam quatro possibilidades: prisão federal de segurança máxima, presídio comum, sala de Estado-Maior em quartel militar ou cela especial da Polícia Federal. Diante da condição de ex-presidente, idade avançada e histórico de saúde, a cela especial na sede da PF em Brasília é considerada a opção mais provável. Atualmente, Bolsonaro cumpre prisão domiciliar. Caso a condenação seja mantida e não haja conversão da pena, o ex-presidente poderá ser transferido para uma unidade prisional. A Superintendência da Polícia Federal em Brasília passou por reformas recentes, levantando especulações sobre a preparação de celas para casos excepcionais. A condenação também tornou Bolsonaro inelegível por oito anos, conforme previsto na Lei da Ficha Limpa. O julgamento é considerado um marco na história política brasileira, sendo a primeira vez que um ex-presidente é condenado por crimes contra a democracia.
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