28/12/2024 às 12h24min - Atualizada em 29/12/2024 às 00h03min
Qual categoria tem maior impacto no cálculo da taxa de desemprego medida pelo IBGE?
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou que a taxa de desemprego no Brasil, recentemente divulgada pelo IBGE, não reflete a realidade do mercado de trabalho
Ana Carolina Curvello / Don CarlosLeal
GAZETA DO POVO
Ex-presidente Jair Bolsonaro critica metodologia do IBGE sobre o desemprego. - Foto: Anderson Riedel / PR / Reprodução No cálculo da taxa de desemprego medida pelo IBGE, todas as categorias desempenham um papel importante, mas a categoria "Desocupados" tem o maior impacto direto. Isso porque a taxa de desemprego é a porcentagem de pessoas desocupadas em relação à soma de pessoas ocupadas e desocupadas. Aqui está uma rápida visão geral: Desocupados: este grupo inclui pessoas que estão ativamente procurando trabalho e disponíveis para trabalhar, mas não estão empregadas. O número de desocupados é o numerador da fração usada para calcular a taxa de desemprego, o que torna essa categoria crítica. Ocupados: embora esta categoria seja importante para entender o panorama completo do mercado de trabalho, ela não influencia diretamente a taxa de desemprego, pois não está no numerador dessa fração. Fora da Força de Trabalho: este grupo não afeta diretamente a taxa de desemprego, pois essas pessoas não estão procurando trabalho ativamente e, portanto, não são incluídas na força de trabalho. Assim, o aumento ou diminuição no número de desocupados tem um impacto direto e significativo na taxa de desemprego. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou na sexta-feira (27) que a taxa de desemprego no Brasil, recentemente divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), não reflete a realidade do mercado de trabalho. Ele classificou os dados como “uma mentira”. A taxa de 6,1% no trimestre encerrado em novembro representa a menor já registrada na série histórica iniciada em 2012. Em transmissão ao vivo pela rádio AuriVerde Brasil, Bolsonaro afirmou que os critérios utilizados pelo IBGE são falhos e não ajudam a compreender a economia nacional. “Quem não procura emprego, para o IBGE, está empregado. Para quem recebe qualquer benefício social, [como o] Bolsa Família, está empregado. Então sobra uma quantidade bem pequena de pessoas para saber se está empregado ou não. E essa mentira é corroborada pelo fato de ter aumentado o número de pessoas que procuram o seguro-desemprego”, disse o ex-presidente. A taxa de desemprego no Brasil é calculada por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. De acordo com a metodologia, são consideradas desempregadas as pessoas que procuraram trabalho ativamente, mas não conseguiram uma vaga no período analisado. Indivíduos que não estão empregados e não buscaram trabalho são classificados como fora da força de trabalho e não entram no cálculo. O grupo dos desalentados — pessoas que desejam trabalhar, mas não buscam emprego por acreditarem que não encontrarão vagas — também é classificado como fora da força de trabalho. Esses critérios estão em vigor desde o início da Pnad, em 2012, e seguem as recomendações da OIT (Organização Internacional do Trabalho). Vale ressaltar que a mesma metodologia foi usada durante o governo de Bolsonaro (2019-2022). O IBGE esclarece que programas sociais, como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), não têm impacto direto na classificação de ocupação ou desocupação. Beneficiários desses programas podem ser considerados ocupados, desocupados ou fora da força de trabalho, dependendo de sua situação específica. Um exemplo citado pelo órgão é o de trabalhadores informais, como motoristas de aplicativo ou vendedores ambulantes, que, mesmo recebendo seguro-desemprego, são classificados como ocupados. Por outro lado, há beneficiários que não buscam ativamente um emprego, sendo classificados como fora da força de trabalho.
#BomDiaRioDosCedros #DiárioDeRioDosCedros #RioDosCedros #DonCarlosLeal #NotíciasRioDosCedros #TurismoRioDosCedros #CulturaRioDosCedros #TaxaDeDesemprego