12/12/2024 às 21h46min - Atualizada em 13/12/2024 às 00h03min
Qual a principal diferença entre a invasão do Capitólio nos EUA e os prédios dos Três Poderes no Brasil?
A polêmica em torno dos eventos reflete as profundas divisões políticas e sociais nos Estados Unidos e também no Brasil
Redação BBC / Don Carlos Leal
BBC News Mundo
Manifestantes invadindo o Capitólio, sede do Congresso dos EUA no dia 6 de janeiro de 2021 e no Congresso do Brasil no dia 08 de janeiro de 2023. - Imagem: Montagem / Reprodução A invasão do Capitólio nos EUA em 6 de janeiro de 2021 e as invasões dos prédios dos Três Poderes em Brasília em 8 de janeiro de 2023 compartilham algumas semelhanças importantes. Em ambos os casos, os manifestantes tomaram os prédios institucionais à força, causando danos significativos. Ambos os eventos foram impulsionados por grupos que se opuseram aos resultados das eleições presidenciais e acreditavam que houve fraude. No caso dos EUA, os manifestantes apoiavam o então presidente Donald Trump, enquanto no Brasil, os manifestantes eram bolsonaristas que não aceitaram a derrota de Jair Bolsonaro. Em ambos os casos, houve críticas à resposta das forças de segurança, que foram vistas como insuficientes para conter os invasores. No entanto, há também diferenças importantes, como o contexto político específico de cada país e a escala dos eventos. Nos EUA, os trumpistas estavam determinados a retomar o poder por seus próprios meios, já no Brasil, os bolsonaristas contavam com uma intervenção militar para levar Bolsonaro de volta ao Palácio do Planalto. Donald Trump disse que vai perdoar invasores do Capitólio nos primeiros 9 minutos de seu novo mandato, como presidente dos Estados Unidos, que deve ocorrer no dia 20 de janeiro de 2025. Como presidente, Trump tem o poder de conceder perdões presidenciais, uma prerrogativa constitucional que permite ao presidente perdoar crimes federais. Esse poder é amplamente utilizado para corrigir injustiças percebidas ou para mostrar clemência. Trump argumenta que muitos dos condenados foram punidos de forma desproporcional e que alguns agiram sob pressão. A decisão de perdoar os invasores é altamente controversa. Críticos argumentam que isso pode ser visto como uma apologia ao crime contra a democracia, pois os invasores tentaram interromper um processo democrático fundamental: a certificação dos resultados eleitorais. Eles acreditam que perdoar esses indivíduos pode enfraquecer a confiança nas instituições democráticas e incentivar comportamentos semelhantes no futuro. Apoiadores de Trump veem os perdões como uma correção de injustiças, argumentando que os condenados foram tratados de forma excessivamente dura e que muitos agiram sem intenção de violência. Críticos afirmam que os perdões minam a justiça e a democracia, enviando uma mensagem de que ações violentas contra o governo podem ser toleradas.
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