03/08/2024 às 09h53min - Atualizada em 04/08/2024 às 09h53min
EUA temem que Domo de Ferro de Israel não suporte guerra contra o Hezbollah
Sistema de defesa abateu 50 foguetes do Hezbollah em escalada de ataques no Oriente Médio
Redação O Globo / Don Carlos Leal
G1
Domo de Ferro de Israel abate 50 foguetes do Hezbollah; escalada de ataques preocupa autoridades. - Foto: Jalaa Marey / AFP / Reprodução O Hezbollah, grupo xiita libanês apoiado pelo Irã, disse que lançou dezenas de foguetes Katyusha contra a vila de Beit Hillel, no extremo norte israelense, na madrugada deste domingo. Imagens divulgadas nas redes sociais mostraram o sistema de defesa aérea de Israel, o Domo de Ferro, interceptando alguns dos mísseis – que, segundo autoridades israelenses, caíram em “espaços abertos”. Um deles chegou a atingir a área da vila, mas não deixou feridos. Como resposta, o Exército de Israel disse ter atacado o local de lançamento dos foguetes.
A ofensiva do Hezbollah foi uma retaliação aos ataques aéreos israelenses no sul do Líbano que, segundo o grupo xiita, causou vítimas civis, incluindo duas crianças. O Exército de Israel, por sua vez, disse que atacou membros do movimento libanês – e que matou um dos comandantes do Hezbollah, Faud Shukr, responsabilizado por outro ataque letal nas Colinas de Golã. Os foguetes disparados contra o território israelenses neste domingo não parecem ser a grande retaliação que o Hezbollah ameaçou após o assassinato de Shukr.
Nesse cenário, a França se juntou aos EUA, Reino Unido e outras nações neste domingo para pedir aos seus cidadãos que deixem o Líbano "o mais rápido possível" em meio a tensões crescentes e temores de um conflito regional mais amplo. O reforço da presença militar americana no Oriente Médio e o cancelamento de voos reforçam a preocupação com uma escalada militar na região, diante do aumento das ameaças do Irã e de seus aliados a Israel.
Estados Unidos e Reino Unido pediram que seus cidadãos deixem o Líbano o quanto antes, e o Canadá pediu que seus cidadãos evitem viagens a Israel. Na madrugada deste domingo, o Domo de Ferro de Israel conteve o ataque do Hezbollah, que lançou cerca de 50 foguetes do sul do Líbano.
"A tensão está elevada e a situação pode se deteriorar rapidamente", advertiu o chanceler britânico, David Lammy, acrescentando: "Minha mensagem para os cidadãos britânicos que lá estão é clara: saiam já."
Os chefes das diplomacias dos Estados Unidos e da França, Antony Blinken e Stéphane Séjourné, respectivamente, pediram às partes "moderação máxima, para evitar uma conflagração que teria consequências devastadoras para os países da região", indicou a chancelaria francesa.
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos revelou na sexta-feira que ordenou "ajustes" para "melhorar a proteção" de suas forças e "aumentar o apoio à defesa de Israel", devido à "possibilidade de uma escalada regional por parte do Irã e de seus parceiros". A tensão regional se agravou com a morte na terça-feira, em um bombardeio israelense em um subúrbio de Beirute, de um alto dirigente do Hezbollah, e o assassinato no dia seguinte em Teerã do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em um ataque atribuído a Israel.
Haniyeh, cuja foi morte foi denunciada em protestos em vários países muçulmanos neste sábado, entre eles Marrocos e Turquia, foi sepultado na véspera em um cemitério perto de Doha, no Catar, onde vivia exilado, após um cortejo fúnebre que reuniu multidões. O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, ameaçou Israel com um "severo castigo" e o chefe do Hezbollah, Hasan Nasrallah, falou de uma "resposta inevitável".
A representação do Irã na ONU disse esperar que o Hezbollah ataque em "profundidade" o território israelense e que não se limite a alvos militares. Israel e Hezbollah, aliado do Hamas, têm protagonizado confrontos quase que diários de artilharia desde o início da guerra em Gaza.
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