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24/07/2024 às 10h53min - Atualizada em 25/07/2024 às 00h03min

Maduro corre risco de perder o poder nas próximas eleições da Venezuela?

O governo autoproclamado socialista da Venezuela enfrenta no domingo (28/07) seu maior desafio eleitoral em décadas

Luís Barrucho/ Don Carlos Leal
BBC
Pesquisas de intenção de voto sugerem que Nicolás Maduro, no poder há 11 anos e concorrendo à terceira reeleição, corre risco de ser derrotado. - Foto: EPA / Reprodução
Pesquisas de intenção de voto indicam que Nicolás Maduro, de 61 anos, em seu 11º ano no poder e concorrendo à terceira reeleição, tem chances reais de ser derrotado. Seu principal adversário é o ex-diplomata Edmundo González Urrutia, que lidera a corrida presidencial com mais de 50% das intenções de voto, enquanto Maduro conta com cerca de 20%. Além deles, outros oito candidatos estão na disputa. Não há segundo turno. Eleições anteriores foram denunciadas como fraudulentas por organizações internacionais como a Organização dos Estados Americanos (OEA), além dos Estados Unidos e da União Europeia. Partidos de oposição foram proibidos de participar, sendo rotulados pelo governo de Maduro como marionetes "fascistas" alinhados a potências estrangeiras. Desta vez, Maduro permitiu a participação da coalizão de partidos opositores, a Plataforma Unitária, em um acordo que resultou em um breve alívio nas sanções econômicas dos EUA. No entanto, essas sanções foram reimpostas em meio ao bloqueio da candidatura de María Corina Machado e outras medidas contra opositores. Ex-deputada, Machado, que se autointitula "liberal", venceu com mais de 90% nas primárias da oposição venezuelana em outubro do ano passado, mas foi impedida de concorrer pelo governo de Maduro, em decisão posteriormente confirmada pela Suprema Corte da Venezuela. Mais recentemente, Maduro cancelou o convite à missão da União Europeia para monitorar o processo eleitoral, enquanto a ONU confirmou o envio de observadores, que não têm previsão de fazer declarações públicas. Maduro também afirmou em um comício na quarta-feira (17/7) que o país pode enfrentar um "banho de sangue" e uma "guerra civil" caso ele não vença as eleições marcadas para 28 de julho.

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