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11/04/2024 às 11h04min - Atualizada em 12/04/2024 às 00h03min

​Qual sua opinião sobre as pessoas que não se arrependem dos erros?

De acordo com especialistas, equívocos são parte da condição humana e pertencem a um processo de aprendizagem

Raphael Vidigal Aroeira / Don Carlos Leal
O TEMPO
Especialistas analisam que cometer erros e aprender com eles é normal, mas excesso ou ausência completa desse sentimento pode configurar um problema grave. - Foto: Istockphoto / Reprodução
O arrependimento vem para nos mostrar que, às vezes, podemos tomar atitudes que não são corretas. O arrependimento é uma mudança de atitude em relação a uma situação em que não se obteve êxito. A importância do arrependimento na vida das pessoas é que ele nos mostra que podemos cometer erros”, analisa o psicólogo Wellington Amaral. Colega de psicologia, Viviane Rogêdo concorda. “Arrependimento significa aprendizado e chance de compreender se nossas escolhas estão conectadas com nossos propósitos”, pontua Viviane. Amaral considera importante traçar uma diferença entre “arrependimento” e “lamentação”, que, no cotidiano, podem acabar confundidos. “Nem sempre uma pessoa que se lamenta se arrepende. O lamento é uma expressão, e, muitas vezes, pode vir carregado de emoção, mas pode acontecer de não haver arrependimento, que seria uma mudança total de atitude em relação à situação passada”, afirma. Para a psicóloga, comportamentos ansiosos, compulsivos e impulsivos tendem a causar mais arrependimentos. Segundo ela, ao não medir as consequências de uma atitude, a pessoa fica exposta física e emocionalmente, o que acarreta arrependimento e frustração. “Pessoas que não sabem dizer ‘não’ e que têm dificuldade em colocar limites para si também se arrependem com frequência”, complementa. A situação inversa denota outro tipo de problema. “Normalmente, pessoas que não se arrependem têm pouca abertura para a reflexão e a autocrítica”, avalia Viviane. O psicólogo segue na mesma linha. “É comum conversar com pessoas que sempre acreditam estar certas. Essas pessoas não aceitam opiniões de outras, e, muitas vezes, nem sequer escutam as pessoas ao seu redor”, destaca. Ele, no entanto, realiza um recorte essencial nessa seara, incluindo a perspectiva psicanalítica, ao discorrer sobre as chamadas “estruturas clínicas”. Embora se arrepender seja natural, ele considera que há limites a serem observados. 

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