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21/10/2023 às 09h50min - Atualizada em 21/10/2023 às 09h50min

​O exótico argentino Javier Milei encanta a direita e preocupa a esquerda no Brasil

Entenda por que regras facilitam vitória no 1º turno nas Eleições na Argentina?

G1
Mais de 70% dos eleitores argentinos que vivem no Brasil estão em SP, RJ e Porto Alegre, - Imagem: Divulgação / Câmara Nacional Eleitoral
À beira de um colapso econômico, a Argentina vai às urnas em 22 de outubro, sob tensão também política por conta do favoritismo do candidato da extrema direita, Javier Milei, que se declara "anarcocapitalista" e levanta bandeiras polêmicas como fechar o Banco Central. Cinco candidatos vão disputar as eleições presidenciais de domingo: Sergio Massa, Javier Milei, Patricia Bullrich, Juan Schiaretti e Myriam Bregman. Entre os três principais favoritos, dois são de direita - Milei e Bullrich - e um é de esquerda - Massa, atual ministro da Economia. 

Milei (A Liberdade Avança, extrema direita) foi o candidato com o maior percentual de votos nas prévias argentinas, em agosto, com 30,04% dos votos. Massa (União pela Pátria, de esquerda) foi o segundo colocado, com 21,4%; e Bullrich (Juntos pela Mudança, de direita) ficou em terceiro lugar, com 16,98%. 

Nas últimas três pesquisas, Milei liderou as intenções de votos em duas e Massa ficou na frente em uma. Para vencer a eleição no primeiro turno, o candidato precisa ter 10% de vantagem sobre o segundo colocado, segundo as regras eleitorais da Argentina. Os três levantamentos indicam que a disputa vai para o segundo turno.  

Desde que o sistema atual passou a valer, em 1995, país já teve sete disputas presidenciais, e em apenas uma o vencedor foi escolhido em uma votação no segundo turno. As regras das eleições na Argentina foram estabelecidas em uma reforma constitucional de 1994. De lá para cá, houve sete eleições presidenciais, e em apenas uma houve votação no segundo turno. A única vez que o presidente foi escolhido em uma votação de segundo turno foi em 2015, quando Maurício Macri, que havia ficado atrás de Daniel Scioli no primeiro turno, saiu vencedor.

O caso de 2003 foi diferente dos outros anos. Os candidatos mais bem votados no primeiro turno daquele ano foram: Carlos Menem, com 24% e Nestor Kirchner, com 22,24%. Os dois deveriam se enfrentar no segundo turno, mas Menem desistiu do pleito. Assim, Nestor Kirchner tornou-se presidente porque era o único candidato que poderia vencer (ele teve pouco mais de 22% dos votos no primeiro turno).

Há um motivo pelo qual apenas duas de sete eleições presidenciais na Argentina foram para o segundo turno: é possível ser vencedor já no primeiro turno mesmo sem a maioria absoluta dos votos, como é no Brasil.

Em 1994 foi determinado que há duas possibilidades de vitória em primeiro turno. Isso ocorre se: O candidato mais bem votado tiver 45% dos votos ou mais ou; O candidato mais bem votado tiver mais de 40% dos votos e, ao mesmo tempo, 10 pontos percentuais de vantagem sobre o segundo melhor candidato. 

Se as regras eleitorais da Argentina fossem iguais às do Brasil, onde só há vitória em primeiro turno se o candidato tiver 50% dos votos mais um, teria havido segundo turno em quatro eleições (1995, 1999, 2007 e 2019). Apenas uma pessoa teve mais de 50% dos votos no primeiro turno: Cristina Kirchner, viúva de Nestor Kirchner, em 2011.


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