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25/09/2022 às 08h55min - Atualizada em 25/09/2022 às 08h55min

Giorgia Meloni pode se tornar a primeira mulher a governar a Itália

Pesquisas preveem que o grupo nacionalista Irmãos da Itália emergirá como o líder neste domingo (25) para eleger premiê

Anna Gabriela Costa
CNN
Giorgia Meloni, líder dos Irmãos da Itália, fala durante o comício de encerramento da coalizão de centro-direita - Foto: Alessandra Benedetti – Corbis / Corbis via Getty Images
A Itália realiza neste domingo (25) as eleições parlamentares que poderão fazer história, com a possibilidade de o país ter pela primeira vez uma primeira-ministra à frente do governo mais direitista desde a 2ª Guerra. As pesquisas de opinião preveem que o grupo nacionalista Irmãos da Itália, de Giorgia Meloni, emergirá como o partido líder neste domingo e compartilhará o poder com seus aliados, a Liga, liderada por Matteo Salvini, e o Forza Italia, de Silvio Berlusconi. Prevista inicialmente para 2023,a votação foi antecipada após a renúncia do premiê Mario Draghi, líder de um governo de união nacional que entregou o cargo após ter perdido o apoio de parte de sua base.

Irmãos da Itália remonta a um movimento pós-fascista criado no final da Segunda Guerra Mundial e, embora Meloni tenha procurado projetar uma imagem moderada, tanto ela quanto Salvini criticaram ferozmente a União Europeia, acusando Bruxelas de interferir muito na política nacional.

Aumentando as tensões no final da campanha, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, alertou na quinta-feira (23) que a Europa tem “as ferramentas” para lidar com a Itália se as coisas tomarem uma “direção difícil”. Agora, Giorgia Meloni, a ultraconservadora de 45 anos, pode se tornar a primeira mulher a governar a Itália. Seu partido de extrema-direita, o Irmãos da Itália, ficou à frente nas pesquisas que antecedem as eleições gerais, porém, obteve apenas 4,5% dos votos no último pleito de 2018.

Sua popularidade disparou desde então, em boa parte porque ela manteve uma presença ativa nas redes sociais e preservou a posição de seu partido, nunca se afastando de uma agenda conservadora que coloca em questão os direitos LGBT, o acesso ao aborto e as políticas de imigração.

O Irmãos da Itália também foi o único dos principais partidos a não participar do governo de unidade formado por Mario Draghi após a queda de Giuseppe Conte em 2021, e exigiu novas eleições em vez de uma correção tecnocrática.

O principal grupo de centro-esquerda da Itália, o Partido Democrata (PD), encerrou o que os críticos dizem ter sido uma campanha decepcionante, acusando a direita de tentar isolar o país na Europa.

“Já estamos fartos de toda essa conversa antieuropeia. Viva a Europa”, disse o líder do PD, Enrico Letta, a apoiadores entusiasmados.

A multidão foi consideravelmente menor na sexta-feira, último dia da campanha, do que na quarta-feira, no mesmo local, para o único encontro de Meloni, Salvini e Berlusconi, que tentaram minimizar suas próprias divisões políticas.

“Tenho uma cultura e uma formação que me permitirão, quando houver desacordo sobre um determinado assunto, ligar para eles, talvez oferecer um jantar esplêndido e convencê-los antes da meia-noite”, disse Berlusconi na sexta-feira em Milão.

Mais cedo, Berlusconi desencadeou uma tempestade dizendo que o presidente russo, Vladimir Putin, havia sido “pressionado” a invadir a Ucrânia e só queria colocar “pessoas decentes” no comando de Kiev. Mais tarde, ele disse que seus pontos de vista foram “simplificados demais”. A votação acontece das 7h às 23h (12h às 4h no horário pelo horário de Brasília) neste domingo, com as pesquisas de boca de urna divulgadas quando a votação terminar.

Pela primeira vez na história italiana, jovens de 18 a 24 anos terão plenos direitos de voto nas eleições nacionais de 25 de setembro, o que significa que a voz dos jovens deve contar mais do que nunca.

Acabando com uma anomalia de longa data, a idade mínima de votação para o Senado da Câmara Alta foi reduzida de 25 para 18 anos, alinhando-a com a Câmara dos Deputados. As duas casas do parlamento têm poderes iguais. “Em termos de números, é claro que significa que os jovens são mais importantes nestas eleições”, disse Livio Gigliuto, vice-presidente do instituto de pesquisas Istituto Piepoli, à Reuters. “A questão chave é quantos deles realmente votam.”

A mudança nas regras afeta 4,1 milhões de pessoas, de um eleitorado total de 51,4 milhões, e embora os pesquisadores digam que um número considerável pode se abster, os políticos não estão sendo tímidos em suas tentativas de conquistar os corações e mentes dos novos eleitores.

Fiel à sua personalidade de showman, o ex-primeiro-ministro e cantor de cruzeiros Silvio Berlusconi liderou o caminho nas tentativas de alcançá-los via TikTok, com vídeos em que ele usa vozes engraçadas, faz piadas e brinca com sua imagem de playboy. “Estou falando com vocês com mais de 18 anos – é para pedir que me apresentem à sua namorada? De jeito nenhum! Estou pedindo para vocês irem votar em 25 de setembro e votarem em mim.” disse o candidato, de 85 anos, na semana passada.

Com suas travessuras, Berlusconi atraiu mais de 2,5 milhões de curtidas na rede social, em menos de três semanas. Mas não está claro se a atenção que ele está recebendo se traduzirá nas cédulas. “Vi os vídeos de Berlusconi no TikTok, mas porque me fazem rir, não porque quero votar nele”, disse Alessandro Males, de 20 anos, estudante do ensino médio de Milão que planeja se abster. “De um modo geral, acho que votar não leva a nenhuma mudança. Não vejo diferenças tangíveis para mim se há uma pessoa ou outra no governo”, disse ele.

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