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03/07/2021 às 23h58min - Atualizada em 03/07/2021 às 23h58min

Protestos contra o governo mobilizam 25 capitais brasileiras

Manifestações acontecem pela terceira vez em dois meses. Desta vez, diante das suspeitas de irregularidades na compra de vacinas

https://noticias.r7.com/brasil/manifestantes-fazem-3-protesto-contra-o-governo-em-2-meses-03072021
Manifestação contra Bolsonaro na avenida Presidente Vargas, no Rio de Janeiro, neste sábado - WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO - 03.07.2021
Manifestantes fazem uma série de protestos, neste sábado (3), em várias cidades do país, contra o governo Jair Bolsonaro. A decisão pelo terceiro ato em um intervalo de dois meses foi motivada pelas suspeitas de irregularidades em contratos de compra de vacinas pelo Ministério da Saúde, investigadas pela CPI da Covid no Senado, e pelo ''superpedido'' de impeachment protocolado nesta semana por partidos de oposição, além de entidades civis. De acordo com os organizadores, o ato foi confirmado em, pelo menos, 261 cidades e nesta manhã houve registros de concentração em capitais como o Rio de Janeiro (RJ) , Recife, Belém (PA) e Curitiba (PA), além de cidades do interior, como Campina Grande (PA), Limeira e Campinas (SP).

No Rio, a concentração se deu no Monumento Zumbi dos Palmares, na Avenida Presidente Vargas, região central. A maioria usa máscaras, mas houve pontos de aglomeração. Faixas e cartazes com o pedido de aumento no valor do auxílio emergencial, contra a reforma administrativa e a política de privatização, além da referência a diversos movimentos, como negro e feminista são exibidas. Por volta das 11h, uma caminhada começou pela Avenida Presidente Vargas, principal via da região central do Rio de Janeiro, que está parcialmente fechada. O protesto faz críticas à condução do governo no enfrentamento da pandemia. Mas também traz uma pauta diversificada, com demandas sociais e econômicas, inclusive contra a privatização da Eletrobras e da Cedae, a companhia de saneamento do estado do Rio. Bandeiras com "fora, Bolsonaro" e de demandas diversas, como vacina, cultura e educação, são exibidas. O movimento tem apoio de partidos de oposição ao governo, como PT, PDT, PCdoB, PSOL e PCB. Centrais sindicais também estão presentes, como a CUT (Central Única dos Trabalhadores).  Nos trios elétricos dos organizadores, os oradores se revezaram com críticas ao presidente. Uma das vozes ouvidas foi da cantora de samba Teresa Cristina. A expectativa dos organizadores é caminhar em direção à igreja da Candelária, onde o ato será encerrado com discursos. Guardas municipais e policiais militares acompanham o protesto e orientam o trânsito na região. Durante a caminhada, os manifestantes buscam manter distanciamento, mas há pontos de aglomeração, principalmente no entorno do principal carro de som.

Na capital federal, o ato está marcado para às 16h, em frente ao Museu Nacional. Por causa da pandemia de covid-19, os organizadores recomendam levar álcool em gel, usar máscara PFF2 e manter distanciamento.

São Paulo
Na capital paulista, a manifestação está marcada para começar, às 15h, em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista. No fim do ato contra o presidente Jair Bolsonaro, em São Paulo, um grupo entrou em confronto com a Polícia Militar, depredou uma agência do banco Santander e destruiu a vidraça de uma concessionária de veículos. Para evitar o quebra-quebra, os PMs usaram spray de pimenta e bombas de efeito moral. A confusão ocorreu na Rua da Consolação, na noite deste sábado (3/7)

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