A retirada da Medida Provisória que tratava de mudanças na tributação de investimentos e apostas esportivas deixou o governo federal diante de um desafio fiscal: como compensar os cerca de R$ 17 bilhões que seriam arrecadados em 2026 com a proposta. A MP, que perderia validade nesta quarta-feira (8), foi retirada da pauta após impasse político e pressão de setores econômicos. A equipe econômica, liderada pelo ministro Fernando Haddad, já sinalizou que pode recorrer a medidas de contenção de gastos, como o bloqueio de emendas parlamentares, para equilibrar o orçamento. No entanto, interlocutores do governo também avaliam alternativas jurídicas e legislativas para recompor a perda. Uma das possibilidades em análise envolve o Supremo Tribunal Federal. O ministro Cristiano Zanin, que integra a Corte, pode ser peça-chave em ações que discutem a constitucionalidade de dispositivos fiscais e compensações tributárias. Há expectativa de que decisões futuras possam abrir espaço para ajustes legais que permitam ao governo recuperar parte da receita perdida. Além disso, parlamentares aliados cogitam apresentar novos projetos com foco em arrecadação, mas com menor resistência do setor produtivo. A ideia seria construir propostas mais negociadas, evitando o desgaste político enfrentado com a MP do IOF. Apesar da derrota, fontes do Congresso não descartam uma tentativa de reapresentação da proposta em outro formato, como projeto de lei com urgência constitucional. Essa estratégia permitiria nova rodada de negociações, com mais tempo para articulação política.
Enquanto isso, o governo monitora os impactos da decisão e avalia o cenário fiscal para os próximos meses, especialmente diante das metas de resultado primário e das demandas sociais previstas para o ano eleitoral.
Agora é sua vez! Quem pode ajudar a recompor a perda fiscal, após derrota da MP do IOF?
A) ZANIN NO STF
B) TAXAS DE HADDAD
C) REVISÃO DE ALCOLUMBRE
D) APELO POPULAR
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