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Bolsonaro descarta candidatura presidencial de Eduardo

Encontro com Tarcísio de Freitas em Brasília sinaliza estratégia eleitoral e cautela diante de investigações

Luísa Marzullo / Don Carlos Leal
29/09/2025 19h57 - Atualizado há 6 horas
Bolsonaro descarta candidatura presidencial de Eduardo
Tarcísio de Freitas visita Jair Bolsonaro em prisão domiciliar. - Foto: Cristiano Mariz / Agência O Globo / Reprodução

Em almoço realizado nesta segunda-feira (29) no condomínio onde cumpre prisão domiciliar em Brasília, o ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, para o primeiro encontro desde sua condenação. Segundo aliados presentes, Bolsonaro reafirmou o desejo de manter a candidatura de Eduardo Bolsonaro ao Senado por São Paulo em 2026, mas descartou a possibilidade de o filho disputar a Presidência da República.

A reunião contou também com a presença do senador Flávio Bolsonaro e do vereador Jair Renan. De acordo com relatos, Bolsonaro foi enfático ao defender Eduardo como o nome da família na disputa pela vaga paulista, considerada estratégica por representar o maior colégio eleitoral do país. Embora outros nomes estejam em circulação — como Guilherme Derrite, ex-secretário da Segurança de Tarcísio — a preferência pelo filho é vista como tentativa de preservar influência direta no cenário político.

Eduardo Bolsonaro, no entanto, está fora do país desde fevereiro e enfrenta investigações que podem comprometer sua elegibilidade. A situação tem levado aliados a discutir alternativas para a composição da chapa.

A posição do ex-presidente contrasta com a do próprio Eduardo, que recentemente declarou em entrevista que pretende disputar a Presidência mesmo sem o apoio do pai. “Na impossibilidade de Jair Bolsonaro, sou candidato à Presidência da República”, afirmou, alegando que há esforços para torná-lo inelegível.

Entre interlocutores, cresce a percepção de que, caso Eduardo permaneça fora do Brasil ou tenha sua situação jurídica agravada, sua candidatura ao Senado seria uma alternativa mais viável. A aposta nesse cargo é vista como forma de oferecer uma plataforma eleitoral menos exposta do que uma campanha presidencial.

Durante o encontro, Bolsonaro teria dito a Tarcísio que não vê viabilidade em um projeto nacional para Eduardo, tratando a hipótese como recurso retórico para manter a família em evidência no debate público. Tarcísio, por sua vez, reafirmou que pretende disputar a reeleição ao governo paulista, resistindo às pressões de setores que o enxergam como possível candidato ao Planalto.

A defesa da reeleição é interpretada por aliados como estratégia para conter especulações e ganhar tempo, especialmente diante da tramitação da proposta de anistia no Congresso. Flávio Bolsonaro elogiou o governador, mas condicionou qualquer debate sobre sucessão à conclusão do processo legislativo.

“Somente após esse desenrolar final, não tem por que antecipar nome de nada”, afirmou o senador.

No Partido Liberal (PL), dirigentes avaliam que a candidatura de Eduardo ao Senado seria o caminho natural, embora reconheçam que o cenário pode se tornar mais complexo. Valdemar Costa Neto, presidente da sigla, busca equilibrar a lealdade à família Bolsonaro com as demandas por nomes considerados mais competitivos. Segundo aliados, Eduardo já é visto como opção incerta.

Tarcísio também teria interesse em apoiar Derrite para a segunda vaga ao Senado por São Paulo, o que abriria espaço para uma chapa dupla da direita em 2026. Outros nomes mencionados incluem Marcos Pereira, presidente do Republicanos; Ricardo Salles, ex-ministro; e Janaína Paschoal, ex-deputada com forte apelo entre eleitores conservadores.

O encontro também abordou a proposta de anistia. Tarcísio declarou que o texto atual, que prevê redução de penas, “não satisfaz” e defendeu uma versão mais abrangente. Para aliados, a insistência em uma solução legislativa que beneficie Bolsonaro funciona como moeda política e influencia os rumos da eleição.

Nos bastidores, uma ala moderada do PL articula para que Bolsonaro cumpra integralmente sua pena em regime domiciliar. A família, no entanto, afirma que qualquer negociação ocorre sem sua autorização formal.

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FONTE: O GLOBO
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