O reconhecimento oficial do Estado da Palestina por Reino Unido, Canadá e Austrália neste domingo (21) marca uma virada diplomática inédita entre os países do G7 e reacende tensões geopolíticas às vésperas da Assembleia Geral da ONU, em Nova York. A medida, considerada simbólica por seus defensores e provocativa por seus críticos, ocorre em meio à guerra prolongada na Faixa de Gaza e à intensificação dos assentamentos israelenses na Cisjordânia. A decisão dos três países anglo-saxônicos alinha suas posições à de mais de 140 nações que já reconhecem a Palestina como Estado soberano, incluindo o Brasil. França e Portugal também indicaram que seguirão o mesmo caminho durante a cúpula da ONU. O movimento é visto como uma tentativa de reanimar a proposta de uma solução de dois Estados, considerada cada vez mais distante por líderes internacionais. O primeiro-ministro britânico Keir Starmer justificou o gesto como uma resposta à “situação terrível” em Gaza e à falta de avanços diplomáticos por parte de Israel. Já o canadense Mark Carney afirmou que o atual governo israelense “trabalha de maneira metódica para impedir que um Estado palestino se estabeleça”. A reação de Israel foi imediata. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu classificou o reconhecimento como uma “recompensa ao terrorismo” e prometeu ampliar os assentamentos na Cisjordânia. O ministro das Relações Exteriores, Gideon Sa’ar, chamou a decisão de “imoral e ultrajante”. Nos bastidores, analistas apontam que o gesto dos países do G7 também representa um desafio direto à política externa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que se opõe ao reconhecimento palestino e revogou vistos de representantes da Autoridade Palestina dias antes da Assembleia. Além das implicações diplomáticas, o reconhecimento pode influenciar negociações comerciais, alianças estratégicas e a atuação de organismos internacionais. O Hamas, grupo que governa Gaza, celebrou a decisão como uma “vitória moral”, enquanto setores da sociedade israelense expressaram temor e indignação.
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