Nos últimos meses, o Congresso Nacional tem sido palco de decisões e episódios que provocaram ampla repercussão na sociedade civil, entre especialistas e nas redes sociais. A tramitação de projetos considerados sensíveis e ações de parlamentares em plenário reacenderam discussões sobre transparência, equilíbrio entre poderes e respeito às normas democráticas. Entre os temas que geraram maior controvérsia está o Projeto de Lei que propõe a redução de penas para envolvidos nos atos de 8 de Janeiro. Apelidado de “PL da Dosimetria”, o texto foi articulado como alternativa à proposta de anistia ampla, mas enfrenta resistência tanto de parlamentares da oposição quanto da base governista. Outro ponto de tensão foi a aprovação da chamada PEC da Blindagem, que altera regras sobre responsabilização de parlamentares e dirigentes partidários. A proposta passou pela Câmara em dois turnos e aguarda análise no Senado. Críticos apontam que o texto pode dificultar investigações e comprometer mecanismos de controle institucional. Além das propostas legislativas, um episódio ocorrido no início de agosto também gerou repercussão: parlamentares obstruíram fisicamente o acesso à Mesa Diretora da Câmara durante uma sessão, em protesto contra decisão judicial envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro. O corregedor da Casa recomendou a suspensão temporária de três mandatos e censura escrita a outros 11 deputados. O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), iniciou sua greve de fome em 9 de abril de 2025, em protesto contra a aprovação do processo de cassação de seu mandato pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Durante os oito dias em que permaneceu sem se alimentar, ele perdeu mais de cinco quilos, ingerindo apenas água, soro e isotônico.
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