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Voto de Fux pode abrir margem para recursos e questionamentos no julgamento de Bolsonaro

Ministro do STF é visto como possível voz divergente e pode influenciar estratégias jurídicas e políticas da defesa

Renan Ramalho / Don Carlos Leal
08/09/2025 15h07 - Atualizado há 11 horas
Voto de Fux pode abrir margem para recursos e questionamentos no julgamento de Bolsonaro
Luiz Fux divergiu de Alexandre de Moraes no recebimento da denúncia contra Jair Bolsonaro. - Foto: Andressa Anholete / STF / Reprodução

O voto do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), é um dos mais aguardados nesta semana no julgamento que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus acusados de participação em uma tentativa de golpe de Estado. Fux tem se mostrado uma das poucas vozes divergentes no processo, o que pode abrir espaço para recursos e até questionamentos sobre a validade do julgamento.

Caso o ministro apresente divergência em pontos centrais da ação penal, as defesas poderão solicitar que o caso seja levado ao plenário do STF, onde todos os ministros votam, ou apresentar recursos mais robustos. Embora um voto isolado não altere o resultado final — definido por maioria — ele pode ser usado como base para embargos, pedidos de nulidade ou estratégias políticas que aleguem perseguição ou falhas processuais.

Fux já divergiu anteriormente ao afirmar que o STF não seria competente para julgar Bolsonaro, por ele não manter foro privilegiado após deixar o cargo. O ministro também criticou a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, apontando omissões relevantes, e se posicionou contra medidas cautelares como o uso de tornozeleira eletrônica e restrições às redes sociais, por considerar que faltavam provas concretas de risco de fuga ou ameaça à liberdade de expressão.

Especialistas apontam que, embora uma divergência isolada não leve automaticamente o caso ao plenário, ela pode fortalecer a narrativa de que há controvérsias jurídicas relevantes. O professor de Direito Penal do Ibmec-DF, Tedney Moreira, explica que apenas com dois votos divergentes o julgamento seria transferido para o plenário. Já o advogado Cristiano Carvalho avalia que um voto vencido pode ser usado em embargos ou outros recursos, desde que haja questão constitucional relevante.

No campo político, um posicionamento divergente de Fux — ministro com trajetória consolidada — pode ter peso simbólico e ser explorado por aliados de Bolsonaro. O criminalista Marcos Mejia acredita que, se o voto for técnico e bem fundamentado, pode ajudar a sociedade a compreender nuances do julgamento e reforçar a legitimidade do debate jurídico.

Com a ação penal se aproximando de seus momentos decisivos, a expectativa em torno do voto de Fux cresce, tanto pelo impacto jurídico quanto pelas possíveis repercussões políticas.

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FONTE: GAZETA DO POVO
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