Brasília (DF) — Em pronunciamento transmitido em cadeia nacional neste sábado (6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez duras críticas a políticos brasileiros que, segundo ele, atuam no exterior para prejudicar o país. Sem citar nomes, Lula classificou esses agentes como “traidores da pátria” e afirmou que o Brasil “não aceitará ordens de quem quer que seja”.
A fala ocorre às vésperas do 7 de Setembro e reforça o mote “Brasil Soberano”, adotado pelo governo em resposta às recentes sanções comerciais impostas pelos Estados Unidos. O presidente também defendeu o sistema de pagamentos PIX, a independência do Judiciário e a regulamentação das redes sociais — todos alvos de críticas por parte do governo americano.
Críticas a políticos e defesa da soberania
Lula acusou parlamentares de estimularem ataques ao Brasil e de atuarem contra os interesses nacionais. A referência indireta foi ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), apontado como articulador de sanções americanas contra autoridades e produtos brasileiros. Em agosto, o parlamentar foi indiciado pela Polícia Federal por suposta tentativa de obstrução de investigações contra o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
“É inadmissível o papel de alguns políticos brasileiros que estimulam os ataques ao Brasil. Foram eleitos para trabalhar pelo povo brasileiro, mas defendem apenas seus interesses pessoais. São traidores da pátria. A História não os perdoará”, declarou Lula.
O presidente também reforçou que o Brasil mantém relações diplomáticas com todos os países, mas que sua soberania é inegociável. “Não somos e não seremos novamente colônia de ninguém. Somos capazes de governar e de cuidar da nossa terra e da nossa gente, sem interferência de nenhum governo estrangeiro”, afirmou.
PIX, redes sociais e Judiciário na mira internacional
Lula rebateu críticas feitas por autoridades americanas ao funcionamento do Judiciário brasileiro e à atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento de Jair Bolsonaro. O presidente dos EUA, Donald Trump, chegou a classificar o processo como uma “vergonha internacional” e acusou o Brasil de promover uma “caça às bruxas”.
Além disso, o país se tornou alvo de uma investigação comercial por supostas práticas desleais contra empresas americanas. Entre os pontos questionados estão o PIX — sistema público e gratuito de pagamentos — e decisões do STF que responsabilizam plataformas digitais por conteúdos ilegais.
“O Pix é do Brasil, é público, é gratuito e vai continuar assim. [...] As redes digitais não podem continuar sendo usadas para espalhar fake news e discursos de ódio. Não podem dar espaço à prática de crimes como golpes financeiros, exploração sexual de crianças e adolescentes e incentivo ao racismo e à violência contra as mulheres”, afirmou Lula.
O presidente encerrou o pronunciamento com uma defesa enfática da democracia e das instituições brasileiras. “Nunca abriremos mão da nossa soberania. Defender nossa soberania é defender o Brasil”, concluiu.
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