Washington (DC) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste sábado (30) que pretende assinar uma ordem executiva para alterar profundamente o sistema eleitoral do país. Em publicação na rede Truth Social, o republicano defendeu o uso exclusivo de cédulas de papel, o fim do voto por correio — salvo em casos excepcionais — e a criação de uma identidade nacional obrigatória para todos os eleitores.
“Documento de identidade eleitoral deve ser exigido em cada votação. SEM EXCEÇÕES! Vou assinar uma ordem executiva para isso!!! Além disso, nada de voto pelo correio, exceto para pessoas muito doentes e para militares que estão longe. USEM APENAS CÉDULAS DE PAPEL!!!”, escreveu Trump.
Sistema sob ataque
Desde sua derrota para Joe Biden em 2020, Trump tem repetido — sem apresentar provas — que houve fraude eleitoral. Ele e seus aliados também alegam, de forma infundada, que não cidadãos têm votado ilegalmente nos pleitos americanos. A proposta de reformar o sistema eleitoral se insere em uma campanha contínua para desacreditar os métodos de votação atuais, especialmente as urnas eletrônicas, que o presidente considera “menos seguras” que o papel com marca d’água.
Limites legais e constitucionais
Apesar da retórica enfática, especialistas apontam que Trump pode enfrentar obstáculos jurídicos para implementar tais mudanças. Nos Estados Unidos, as eleições são organizadas e regulamentadas pelos estados, o que limita o alcance de ordens executivas federais sobre o processo eleitoral. Governadores, legislaturas estaduais e tribunais locais têm autonomia para definir regras como o uso de urnas eletrônicas, modalidades de voto antecipado e exigência de documentos.
Ainda assim, a pressão política gerada por iniciativas como essa pode influenciar estados governados por republicanos, que já vêm adotando medidas mais rígidas para o acesso ao voto — como restrições à votação antecipada e exigência de documentos específicos.
Eleições de 2026: o primeiro teste
O pleito legislativo marcado para 3 de novembro de 2026 será o primeiro grande teste eleitoral desde o retorno de Trump à Casa Branca. A disputa promete ser acirrada, com os democratas tentando recuperar cadeiras na Câmara e no Senado para conter a agenda conservadora do presidente.
A proposta de Trump reacende o debate sobre segurança eleitoral, acesso democrático ao voto e os limites do poder presidencial. Enquanto a ordem executiva ainda não foi formalmente assinada, sua simples promessa já provoca reações intensas no cenário político americano.
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