O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a causar polêmica nesta segunda-feira (25) ao afirmar que “muita gente diz: talvez gostemos de um ditador”, em meio à assinatura de novas ordens executivas que endurecem a repressão federal em Washington D.C. e autorizam o processamento judicial de quem queimar a bandeira americana. Apesar da declaração, Trump negou ser autoritário: “Eu não sou um ditador”, disse durante evento no Salão Oval.
A fala ocorreu em um momento de crescente tensão entre o governo federal e autoridades locais, especialmente nas cidades administradas por prefeitos democratas. Trump tem intensificado o uso da Guarda Nacional como instrumento de segurança pública, com operações já em curso em Washington e planejadas para Chicago.
Expansão da presença militar nas cidades
Segundo informações obtidas pelo jornal Washington Post, o Pentágono prepara uma mobilização de milhares de membros da Guarda Nacional para Chicago, com previsão de início em setembro. A medida, ainda não oficializada, é considerada um teste para futuras intervenções em outras metrópoles americanas. Também foi discutido o uso de tropas da ativa, embora essa opção seja vista como menos provável.
A estratégia segue o modelo adotado em Los Angeles, onde em junho foram enviados 4 mil membros da Guarda Nacional da Califórnia e 700 fuzileiros navais da ativa. Na ocasião, o governo justificou a ação como uma resposta à escalada da criminalidade e à presença de pessoas em situação de rua, apesar da resistência de autoridades locais.
Washington como vitrine da repressão
Em Washington D.C., mais de 2.200 soldados foram mobilizados desde a segunda semana de agosto. A capital americana tem sido usada por Trump como vitrine de sua política de “lei e ordem”, com o presidente exaltando os resultados da operação e criticando a mídia por não reconhecer seus esforços.
Durante o evento no Salão Oval, Trump também mencionou sua relação com o líder norte-coreano Kim Jong-un, a quem chamou de “inteligente” e afirmou que a Coreia do Norte tem “grande potencial”. Apesar dos elogios, o presidente reforçou que não se identifica com regimes autoritários: “Sou um homem de muito bom senso e sou uma pessoa inteligente. Eu não gosto de um ditador. Eu não sou um ditador”.
Criminalização do protesto simbólico
Entre as ordens assinadas por Trump está a autorização para processar judicialmente cidadãos que queimarem a bandeira dos Estados Unidos — prática considerada por muitos como forma legítima de protesto político. A medida reacende o debate sobre liberdade de expressão e os limites da repressão estatal.
Especialistas e opositores alertam para o risco de erosão democrática diante do uso crescente de forças militares em ações de segurança interna e da retórica presidencial que flerta com o autoritarismo. Enquanto Trump insiste que está apenas “restaurando a ordem”, críticos apontam para uma escalada preocupante no uso do poder federal contra cidades governadas por adversários políticos.
#BomDiaRioDosCedros #DiárioDeRioDosCedros #RioDosCedros #DonCarlosLeal #NotíciasRioDosCedros #TurismoRioDosCedros #CulturaRioDosCedros #EUAGostamDeDitador