Aliados orientaram o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a aplicar uma punição exemplar contra o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) após o episódio de obstrução que paralisou os trabalhos da Casa por mais de 30 horas, entre a manhã de terça-feira e a noite de quarta. A avaliação é que uma suspensão de seis meses do mandato serviria para “dar o exemplo” e conter novas tentativas de tumulto.
Assim como Van Hattem, outros parlamentares se posicionaram para impedir que o presidente da Câmara assumisse a cadeira da presidência. No entanto, foi o deputado do Novo que se sentou no assento do presidente e recusou-se a desocupá-lo mesmo após a chegada de Motta ao plenário.
Para o entorno do presidente, a suspensão do gaúcho serviria como um recado de que a direção da Casa não aceitará novos bloqueios regimentais. O PT, ao lado de PSB e PSOL, já protocolou pedido formal para que Van Hattem e outros quatro deputados sejam punidos: Júlia Zanatta (PL-SC), Marcos Pollon (PL-MS), Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Zé Trovão (PL-SC). Por ter se sentado na cadeira da presidência, Van Hattem passou a ser considerado a “bola da vez”.
O ato integrou um protesto da oposição contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. Durante mais de trinta horas, partidos contrários ao governo paralisaram a pauta legislativa exigindo que fossem votados o fim do foro privilegiado e a anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.
Na quinta-feira, Motta sinalizou que a Mesa Diretora tomará medidas contra os envolvidos.
— Existem pedidos de lideranças para punir este ou aquele deputado. Estamos avaliando. É uma decisão conjunta da Mesa. Mas está, sim, em avaliação a possibilidade de punição a alguns parlamentares que se excederam, digamos assim, do ponto de vista de dificultar o reinício dos trabalhos — disse, em entrevista ao portal Metrópoles.
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Van Hattem reagiu, classificando a investida como “hipocrisia” da base governista.
— Já deixei tudo bem explicado nas minhas redes sociais. O PT é muito hipócrita, porque em 2017, quando houve uma situação muito parecida, ninguém falou em punição — afirmou o deputado, que sustenta ter agido de forma pacífica e legítima, no exercício do direito de protesto.
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