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Moraes não acatou pedido da PF para decretar prisão preventiva de Bolsonaro em julho

Ministro acatou parecer da PGR, que defendeu medidas menos gravosas, como uso de tornozeleira eletrônica

Teo Cury / Elijonas Maia / Don Carlos Leal
07/08/2025 19h25 - Atualizado há 1 dia
Moraes não acatou pedido da PF para decretar prisão preventiva de Bolsonaro em julho
Alexandre de Moraes e Jair Bolsonaro. - Foto: Fellipe Sampaio / STF / Ton Molina / STF / Reprodução

A Polícia Federal pediu, em representação enviada ao STF (Supremo Tribunal Federal) em julho, que o ministro Alexandre de Moraes decretasse a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A corporação sustentava, na ocasião, que Bolsonaro vinha atuando com o intuito de obter a imposição de sanções pelos Estados Unidos contra autoridades brasileiras e que somente a decretação de sua prisão preventiva interromperia suas ações. A informação foi revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo e confirmada pela CNN.

Diante da representação enviada pela autoridade policial, o ministro Alexandre de Moraes determinou que a Procuradoria-Geral da República se manifestasse. O procurador-geral, Paulo Gonet, divergiu do pedido do delegado da Polícia Federal.

Gonet concordou com os argumentos trazidos na representação da PF, mas considerou que a prisão preventiva seria medida drástica diante de outras opções de cautelares que poderiam ser impostas ao ex-presidente e que teriam efeito similar –mas sem a gravidade de uma prisão.

O procurador-geral sustentou em seu parecer que estava posto, de modo inequívoco, o risco concreto à aplicação da lei penal, evidenciado pelo comportamento reiterado e publicizado de Eduardo Bolsonaro e de Jair Bolsonaro.

Gonet reafirmou que nenhuma autoridade, por mais conhecida e acreditada que seja, está acima da lei e lembrou que obedecer às ordens do Judiciário é requisito essencial de civilidade e condição de possibilidade de um Estado de Direito.

O procurador-geral concordou haver indicativos da concreta possibilidade de fuga de Bolsonaro e a manutenção de ações para obstruir o curso da ação penal.

“A situação descrita revela necessidade urgente e indeclinável, apta para justificar a imposição de novas medidas cautelares que possam assegurar a aplicação da lei penal e evitar a fuga do réu”, afirmou. Moraes atendeu o pedido do procurador-geral.

O ministro determinou que Bolsonaro cumprisse recolhimento domiciliar entre 19:00 e 6:00 de segunda a sexta-feira, fosse monitorado com tornozeleira eletrônica, ficasse proibido de manter contato com embaixadores, autoridades estrangeiras, réus e demais investigados no processo e nem se aproximasse de sedes de embaixadas e consulados.

O ministro ainda determinou a proibição de uso das redes sociais, diretamente por Bolsonaro ou por intermédio de terceiros. A decisão foi cumprida no dia 18 de julho.

Ao final de sua decisão, o ministro escreveu que o descumprimento de qualquer uma das medidas cautelares impostas por ele contra o ex-presidente implicaria na revogação e decretação da prisão.

Na segunda-feira (4), Moraes decretou a prisão domiciliar de Bolsonaro por entender que o ex-presidente descumpriu as medidas cautelares impostas pelo ministro e referendadas pela maioria dos colegas da Primeira Turma do STF.

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FONTE: CNN
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