A lista de produtos isentos do tarifaço foi divulgada na quarta-feira (30), junto com o decreto oficial assinado pelo presidente Donald Trump. Segundo o texto, continuam livres da tarifa extra produtos como alimentos enviados como suco de laranja, combustíveis, veículos, peças de avião e alguns tipos de metais e madeira. O setor mais estratégico da economia brasileira poupado pelo tarifaço de Trump foi o aeronáutico, especialmente representado pela Embraer. Essa decisão teve peso político e econômico por diversos motivos. Alta tecnologia e valor agregado: exportações de aeronaves civis e peças envolvem inovação, engenharia avançada e mão de obra qualificada. Integração bilateral: a cadeia produtiva da Embraer está fortemente conectada com empresas americanas, inclusive fornecendo aviões para companhias dos EUA. Impacto econômico direto: a Embraer responde por uma fatia significativa das exportações industriais brasileiras e gera milhares de empregos de alto nível técnico. Pressão diplomática: empresários e autoridades americanas também se posicionaram contra a taxação desse setor, temendo prejuízos internos. A isenção das aeronaves e peças foi vista como um gesto de preservação da cooperação tecnológica entre os dois países. Outros setores poupados, como petróleo e suco de laranja, também são relevantes, mas o setor aeronáutico se destaca por seu papel estratégico na indústria de ponta. Importante lembrar que os EUA dependem de componentes e aeronaves brasileiras para manter sua cadeia de aviação civil. A exclusão desse item da tarifa de 50% foi resultado direto de negociações diplomáticas e representa um esforço para preservar a cooperação bilateral em setores de alta tecnologia.
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