Segundo os dados divulgados no Anuário da Segurança na quinta-feira (24), o Brasil registrou crescimento nos feminicídi*s (m*rtes de mulheres pelo fato de serem mulheres) e nas m*rtes de cr14nç4s e 4d*l3sc3nt3s em 2024. As altas vão na contramão da queda nas m*rtes vi*lentas em geral, que recuaram 5,4% para 44.125 casos, segundo o FBSP. As regiões Sul e Sudeste se destacaram como as mais seguras do país em 2024. O Sudeste registrou a menor taxa da série histórica, com 13,3 mortes violentas intencionais (MVI) por 100 mil habitantes. O Sul teve 14,6 MVI/100 mil, também abaixo da média nacional. São Paulo e Santa Catarina lideram com as menores taxas estaduais: 8,2 e 8,5 MVI/100 mil, respectivamente. Destaque negativo: as regiões Norte e Nordeste continuam enfrentando os maiores índices de violência letal. O Nordeste apresentou 33,8 MVI/100 mil, o maior índice regional. O Norte teve 27,7 MVI/100 mil. As 10 cidades mais violentas do Brasil estão todas no Nordeste, com destaque para Maranguape (CE), que lidera com 79,9 MVI/100 mil habitantes. Mas por que o Sul e Sudeste são mais seguros? políticas públicas mais eficazes; maior presença do Estado; menor atuação de facções criminosas; e perfil demográfico. E por que o Norte e Nordeste enfrentam mais violência? disputas entre facções; baixa presença estatal; letalidade policial elevada; e desigualdade social. As 10 cidades com maiores taxas de MVI estão no Nordeste, como Maranguape (CE), Jequié (BA) e Cabo de Santo Agostinho (PE). Existem outros fatores que influenciam os dados. Desaparecimentos: o aumento de 4,9% nos desaparecimentos em 2024 (81.873 casos) pode mascarar a real queda nas mortes violentas. Violência seletiva: 82% das vítimas são negras e 99,2% são homens, mostrando um padrão de vulnerabilidade social e racial. Mudanças demográficas: a redução da população jovem contribui para a queda nacional, mas o impacto é desigual entre regiões.
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