O Supremo Tribunal Federal (STF) tem interpretado o uso de redes sociais como instrumento de mobilização política — especialmente em casos como o de Jair Bolsonaro. Moraes reforçou a proibição do uso de redes sociais por Bolsonaro e alertou para risco de prisão no caso de descumprimento, destacando que a determinação é válida para transmissões, retransmissões ou veiculação de áudios, vídeos ou transcrições de entrevistas em plataformas de terceiros. Mas se alguém filmar o presidente e postar nas redes? Há questões duvidosas sobre esta última restrição. O despacho de Moraes realmente levanta questões complexas sobre os limites da liberdade de imprensa e o alcance das medidas cautelares. Jair Bolsonaro está proibido de usar redes sociais diretamente (como postar em seus próprios perfis), usar redes sociais por intermédio de terceiros, ou seja, não pode se valer de aliados, veículos de imprensa ou qualquer pessoa para divulgar conteúdos seus, bem como, transmitir, retransmitir ou permitir a veiculação de áudios, vídeos ou transcrições de entrevistas em qualquer plataforma de redes sociais — mesmo que a entrevista tenha sido concedida a um veículo tradicional. Ou seja: se um jornalista ou cidadão publicar um vídeo com falas de Bolsonaro nas redes, isso pode ser interpretado como tentativa de burlar a medida. Questionado, o STF respondeu que Bolsonaro pode dar entrevistas, mas se elas forem reproduzidas nas redes sociais, ele pode ser preso. O conteúdo pode ser veiculado em TV aberta, rádio ou jornais impressos, desde que não seja compartilhado digitalmente em redes sociais. Especialistas apontam que a medida inviabiliza qualquer fala pública de Bolsonaro, já que é praticamente impossível impedir que terceiros compartilhem trechos nas redes. A decisão tem sido vista como uma forma de evitar que Bolsonaro continue mobilizando sua base política, mesmo indiretamente. A Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República apontam que Bolsonaro e seu filho, Eduardo Bolsonaro, têm usado redes sociais e entrevistas como ferramentas para pressionar o Judiciário, inclusive com apoio de autoridades estrangeiras. A estratégia inclui instigar sanções internacionais contra ministros do STF. As publicações e entrevistas são vistas como parte de uma campanha coordenada para deslegitimar as instituições brasileiras. Embora o caso de Bolsonaro seja o mais emblemático, o STF já tratou de situações semelhantes envolvendo influenciadores digitais que disseminaram desinformação eleitoral, bem como políticos investigados por incitação ao golpe de Estado.
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