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Juliana Marins pode ter sobrevivido por 32 horas após queda, dizem peritos

Autópsia realizada no Rio de Janeiro revela sofrimento prolongado e m*rte por politraumatismo; coletiva reuniu família, legistas e Defensoria Pública da União nesta sexta (11)

Cleber Rodrigues / Don Carlos Leal
11/07/2025 11h58 - Atualizado há 20 horas
Juliana Marins pode ter sobrevivido por 32 horas após queda, dizem peritos
1 de 6 Juliana Marins, de 24 anos, era natural de Niterói (RJ), e foi encontrada m*rta. - Foto: Reprodução / Redes Sociais

Juliana Marins, de 26 anos, pode ter sobrevivido por até 32 horas após sofrer uma queda durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. A informação foi revelada nesta sexta-feira (11) por peritos durante coletiva organizada pela Defensoria Pública da União, no Rio de Janeiro.

O dado faz parte do laudo da nova necropsia realizada no Instituto Médico Legal (IML), com base em exames entomológicos — estudo de larvas presentes no c*rp* da vít1m4 — e representa uma das principais descobertas da investigação brasileira.

Segundo o legista Reginaldo Franklin Pereira, da Polícia Civil do Rio, a equipe identificou larvas no couro cabeludo e na região torácica de Juliana. Com o apoio da entomologista forense Janyra Oliveira Costa — considerada uma das maiores especialistas do país — foi possível, a partir da espécie, da postura dos ovos e do tempo de desenvolvimento, estimar retroativamente o momento da morte.

“A estimativa indica que Juliana m*rreu por volta do meio-dia do dia 22 de junho, horário da Indonésia. Como a queda ocorreu às 4:00 da manhã do dia 21, ela pode ter permanecido viva por até 32 horas”, afirmou o legista.

A causa da m*rte foi definida como politraumatismo, com lesões extensas causadas por impacto. Ainda segundo os peritos, a última queda teria provocado ferimentos fatais, e Juliana teria resistido por no máximo 15 minutos após essa etapa, sofrendo uma morte extremamente dolorosa.

“Foi um processo de sofrimento, com dificuldade respiratória enorme. Os alvéolos pulmonares estavam cheios de sangue, o que impede a entrada de oxigênio. Entra-se numa agonia respiratória e, em seguida, ocorre a m*rte”, explicou o perito Nelson Massini.

Ainda segundo Massini, os relatos obtidos na Indonésia e as análises laboratoriais indicam que Juliana enfrentou um processo de m*rte prolongado, não imediato, o que amplia a dor da família e levanta questionamentos sobre o atraso no resgate.

Juliana caiu durante uma trilha no Monte Rinjani, na ilha de Lombok, em 21 de junho. Segundo testemunhas, ela foi ouvida pedindo socorro por mais de 14 horas após a queda. O resgate, no entanto, demorou cerca de quatro dias. O c*rp* só foi retirado da montanha no dia 25, com ajuda de voluntários e equipes locais. A primeira autópsia foi realizada na Indonésia, mas considerada inconclusiva quanto ao momento da m*rte. A família solicitou nova análise no Brasil, que foi autorizada pela Justiça Federal.

O novo laudo pericial foi apresentado na sede da DPU no Centro do Rio, em coletiva que contou com a presença da defensora pública federal Taísa Bittencourt Leal Queiroz, dos peritos e da família da jovem. Os especialistas reiteraram que a estimativa não tem margem de precisão absoluta, mas é sustentada por referências científicas internacionais e metodologias forenses amplamente utilizadas.

“Determinamos o momento da m*rte com base na ciência, não em suposições. A entomologia forense nos deu esse suporte técnico”, concluiu Reginaldo Franklin. O caso segue em investigação pelas autoridades brasileiras, incluindo a Polícia Federal. O inquérito corre sob sigilo.

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FONTE: CNN
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