MENU

Bolsonaro culpa esquerda pelo 8/1 e diz que é processado por “fumaça de golpe”

Os números do Monitor do Debate Político do Cebrap, da USP, mostram que, ao longo do tempo, as manifestações bolsonaristas perderam a capacidade de adesão

Ramiro Brites / Luiz Vassallo / Don Carlos Leal
29/06/2025 15h33 - Atualizado há 9 horas
Bolsonaro culpa esquerda pelo 8/1 e diz que é processado por “fumaça de golpe”
Jair Bolsonaro em manifestação Avenida na Paulista. - Foto: Fábio Vieira / Especial Metrópoles / Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse neste domingo (29/6), durante manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, que os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, foram um “movimento orquestrado pela esquerda”, e chamou o processo por tentativa de golpe de Estado, pelo qual está sendo julgado no Supremo Tribunal Federal (STF), de “fumaça de golpe”.

Com o slogan “Justiça Já”, contra os julgamentos de bolsonaristas no STF, a manifestação deste domingo foi a 6ª convocada por Bolsonaro desde que ele deixou a Presidência da República, no fim de 2022. Também foi o ato que reuniu o menor número de apoiadores: 12,4 mil pessoas, segundo estimativa do Monitor da Universidade de São Paulo (USP).

Em cima do caminhão de som na Paulista, ao lado de políticos aliados, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Bolsonaro enumerou uma série de episódios que, na visão dele, desmontam a tese de tentativa de golpe após a derrota para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022.

Ele afirmou que fez uma “transição pacífica elogiada por Geraldo Alckmin [vice-presidente]” no fim de 2022, que nomeou dois comandantes das Forças Armadas a pedido de Lula antes de deixar o cargo, e que até o atual ministro da Defesa, José Múcio, já descartou em entrevista ter havido uma tentativa de golpe de Estado no dia 8 de janeiro.

“Nomeamos dois comandantes de força a pedido desse cara que está no governo agora. Quem quer dar golpe nomeia comandantes a pedido do governo opositor? No dia 30, algo me fez sair do Brasil. Não era apenas para não passar a faixa? Jamais eu passaria a faixa para um ladrão. Jamais eu passaria a faixa para um ladrão”, disse Bolsonaro.

Na sequência, o ex-presidente prosseguiu falando do 8 de janeiro. “Um movimento mais do que claro orquestrado pela esquerda. Lula não estava em Brasília. No dia anterior, foi para Araraquara, porque sabia o que iria acontecer. Tanto que as imagens de quase 200 câmeras sumiram. Tudo foi quebrado antes daquelas pessoas que estavam no acampamento chegaram”, completou o ex-presidente.

Sem citar nomes, o ex-presidente criticou o STF e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), voltou a atacar as penas dadas aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, e disse que “me processam por uma fumaça de golpe”.

“Se alguém quebrou alguma coisa que pague. Agora, julgar e prender por baciada, isso não existe no nosso ordenamento jurídico”, afirmou o ex-presidente.

“Que arma foi apreendida? Busquem as polícias legislativas da Câmaras e do Senado. Nenhuma arma foi apreendida além de um estilingue e umas bolinhas de gude. Que tentativa armada é essa? Golpe se dá com forças armadas, com armamento, com o núcleo financeiro, com núcleo político, com apoio de instituições inclusive fora do Brasil. Que golpe é esse, meu Deus do céu?”

Os números do Monitor do Debate Político do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), da USP, mostram que, ao longo do tempo, as manifestações bolsonaristas perderam a capacidade de adesão.

Neste domingo (29/6), foram 12,4 mil pessoas, segundo estimativa do Monitor da USP. Em 25 de fevereiro do ano passado, o ex-presidente levou 185 mil pessoas à Avenida Paulista. Em 6 de abril deste ano, 44,9 mil pessoas foram à última manifestação, em São Paulo – uma redução de 75%. No período entre os dois atos, ainda houve outros três protestos de aliados de Bolsonaro. Em 21 de abril, o monitor da USP mediu 32,7 mil pessoas em um ato em Copacabana. Já no Dia da Independência do ano passado, 7 de setembro, 45,4 mil pessoas estiveram na Paulista. No dia 16 de março deste ano, 18,3 mil pessoas se manifestaram em apoio a Bolsonaro no Rio de Janeiro.

#BomDiaRioDosCedros #DiárioDeRioDosCedros #RioDosCedros #DonCarlosLeal #NotíciasRioDosCedros #TurismoRioDosCedros #CulturaRioDosCedros  #BolsonaroCulpaPTPelo8DeJaneiro


FONTE: METRÓPOLES
Tags »
Notícias Relacionadas »
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp