O nome de Carlos Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tem circulado com força nos bastidores da política catarinense. A ideia é que ele dispute uma vaga no Senado por Santa Catarina em 2026, numa articulação que já envolve o governador Jorginho Mello (PL), aliados e o próprio ex-presidente.
Mas Carlos, que hoje é vereador no Rio de Janeiro, pode mesmo concorrer por outro estado? A resposta é sim – desde que ele cumpra uma exigência básica da lei eleitoral: mudar seu domicílio eleitoral para Santa Catarina até o dia 4 de abril de 2026, seis meses antes da eleição.
Ou seja, Carlos Bolsonaro não precisa ter nascido ou morado sempre em Santa Catarina. Basta que ele transfira seu título de eleitor para o estado dentro do prazo legal – e comprove algum tipo de vínculo com a região (como trabalho, moradia, atividade política ou até mesmo familiar).
A estratégia faz parte de um plano maior do PL para aumentar sua bancada no Senado e, com isso, ganhar mais força frente ao STF (Supremo Tribunal Federal). Isso porque cabe aos senadores aprovar indicações para a Corte e também julgar pedidos de impeachment de ministros.
A possível candidatura não surgiu do nada. Desde meados de 2024, aliados discutem a transferência de Carlos para outro estado. As opções em debate eram Santa Catarina, onde a família Bolsonaro tem forte apoio, ou Mato Grosso. Com a escolha aparentemente definida, Carlos deve fazer dobradinha com Jorginho Mello, que tentará a reeleição ao governo, e com a deputada Caroline De Toni, também do PL.
Santa Catarina: terreno fértil para os Bolsonaro
Não é à toa que Santa Catarina entrou no radar. O estado é considerado um dos mais bolsonaristas do Brasil. No segundo turno das eleições de 2022, Jair Bolsonaro teve ali 69,27% dos votos válidos. A base já rendeu frutos: Jair Renan Bolsonaro, o filho mais novo, se elegeu vereador por Balneário Camboriú no ano passado.
O senador Jorge Seif (PL-SC), aliado de primeira hora da família, afirmou à Folha de S.Paulo que a candidatura de Carlos já está encaminhada e lembrou que é comum políticos se elegerem fora de seus estados de origem. “Bolsonaro é de SP, se elegeu pelo RJ. Marina Silva é do Acre, se elegeu por SP. Jean Wyllys é baiano, se elegeu pelo RJ. Tarcísio é do RJ, governador de SP”, exemplificou.
Neste domingo (15), Carlos Bolsonaro se pronunciou pela primeira vez sobre a disputa pelo cargo. No X (antigo Twitter), ele confirma que deve disputar um cargo legislativo fora do Rio de Janeiro, mas sem revelar qual.
Nos bastidores, resistências de Carlos Bolsonaro no Senado
Nem tudo, no entanto, são flores. A chegada de Carlos Bolsonaro como candidato ao Senado pode desagradar aliados locais. A deputada federal Julia Zanatta (PL-SC), por exemplo, planejava disputar a vaga, mas foi informada de que não terá espaço na chapa. Deve tentar a reeleição para a Câmara dos Deputados.
Além disso, há questões práticas. O PL do Rio já está superlotado: Flávio Bolsonaro tentará a reeleição ao Senado e o governador Cláudio Castro e o senador Carlos Portinho também devem disputar vaga. A mudança de Carlos para Santa Catarina abriria espaço e daria ao partido uma candidatura forte num estado-chave.
Se a candidatura se confirmar, ela promete movimentar a corrida eleitoral em SC. Carlos Bolsonaro é hoje o vereador mais votado do Rio de Janeiro e tem forte presença nas redes sociais.
#BomDiaRioDosCedros #DiárioDeRioDosCedros #RioDosCedros #DonCarlosLeal #NotíciasRioDosCedros #TurismoRioDosCedros #CulturaRioDosCedros #CarlosBolsonaroSenadorPorSC
