O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), disse ao Correio nesta segunda-feira (16/4) que a oposição espera atingir cerca de 300 votos favoráveis à urgência do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que suspende o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Segundo ele, o placar deve representar uma derrota expressiva para o governo e um sinal de esgotamento da base econômica do Executivo.
“Será uma derrota fragorosa do governo e fica aí como um alerta para ver se o governo muda a estratégia e reduz custos”, disse o parlamentar.
A declaração reforça a pressão da oposição em torno do novo decreto publicado pela equipe econômica na última semana. O texto, que recalibrou alíquotas do IOF após críticas, substituiu outro decreto editado em maio — que já havia sido parcialmente recuado diante da reação negativa do Congresso e do mercado.
A votação da urgência do PDL é o primeiro passo do Legislativo para tentar barrar o decreto. Se aprovada por, no mínimo, 257 deputados, a proposta segue direto para o plenário, sem necessidade de passar por comissões. O mérito do texto — ou seja, o conteúdo que de fato revoga o decreto — ainda não será votado hoje, mas o apoio à urgência pode indicar a disposição da Câmara de enfrentar a política fiscal do governo Lula.
Na avaliação de Sóstenes, a insistência do Planalto em manter medidas de aumento de arrecadação, sem cortes estruturais nos gastos públicos, mina o apoio até mesmo de aliados. Ele alertou que a área econômica continuará acumulando derrotas se não houver mudança de rumo.
“Enquanto não tiver esse tipo de discurso, o governo vai ficar perdendo a área econômica por sempre.”
O parlamentar também criticou duramente a ausência do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que entrou de férias justamente nesta segunda-feira, em meio à turbulência política. Para Sóstenes, a decisão “demonstra a irresponsabilidade do ministro da Economia num momento como esse. É um ministro totalmente irresponsável com o país”.
O novo decreto, publicado na última quarta-feira (11), reduziu parcialmente a estimativa de arrecadação extra com o IOF: caiu de R$ 19,1 bilhões para um intervalo entre R$ 6 bilhões e R$ 7 bilhões neste ano. Mesmo assim, a medida segue sendo alvo de resistência. Para a oposição, trata-se de mais um movimento arrecadatório que recai sobre a população produtiva.
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