Com as saídas de Carlos Lupi (Previdência Social) e Cida Gonçalves (Mulheres), o governo Lula já realizou 12 mudanças ministeriais desde o início do mandato. Dessas alterações, 9 foram substituições diretas, enquanto 3 ministros foram realocados para outras pastas. Algumas das mudanças ocorreram por denúncias de corrupção, desempenho insatisfatório ou para acomodar partidos do Centrão. No governo Bolsonaro, no mesmo período de gestão, 16 ministros foram demitidos ou substituídos. O governo de Michel Temer, por exemplo, teve 32 trocas ministeriais ao longo de dois anos e sete meses.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demitiu a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, e nomeou Márcia Lopes para o posto. Segundo nota divulgada pelo Palácio do Planalto, as trocas devem ser oficializadas ainda nesta segunda-feira (5). O movimento ocorre em meio às alterações na composição da Esplanada dos Ministérios. No início do ano, Lula fez trocas na Secretaria de Comunicação Social, com a demissão de Paulo Pimenta e a nomeação de Sidônio Palmeira.
O presidente também fez trocas no comando do Ministério da Saúde. Para isso, demitiu Nísia Trindade do comando da pasta e realocou o então ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, no cargo. Para o lugar de Padilha, Lula nomeou Gleisi Hoffmann.
Neste mês, o ministro ainda trocou o comando do Ministério das Comunicações, após o ex-ministro Juscelino Filho ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por um esquema de corrupção por meio de emendas parlamentares.
Além disso, na última semana, também houve troca no comando do Ministério da Previdência Social, em meio às fraudes envolvendo o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Na ocasião, Lula demitiu Carlos Lupi para dar lugar a Wolney Queiroz.
A saída de Cida era dada como certa há alguns meses. Em fevereiro deste ano, a ministra revelou à Comissão de Ética da Presidência da República que costumava interromper agendas para atender a primeira-dama, Janja da Silva.
Cida também chegou a dizer que ignorava os chamados de dois ministros: Alexandre Padilha (à época, Relações Institucionais) e Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência).
Na ocasião, ela respondia a um processo, posteriormente arquivado no órgão, por suspeita de ter cometido assédio moral. Segundo apuração interna, a ministra teria sugerido apoio financeiro a uma servidora para que ela se candidatasse nas eleições em 2026, em troca de silêncio em uma denúncia sobre racismo.
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