08/01/2025 às 07h47min - Atualizada em 09/01/2025 às 00h03min
O que representam os eventos em memória aos atos do 8 de janeiro?
Lula fez atos esvaziados, sem presidentes dos Poderes para lembrar ataques golpistas do 8 de Janeiro
Sofia Aguiar / Caio Spechoto / Don Carlos Leal
TERRA
Cerimônia em defesa da Democracia.- Foto: Ricardo Stuckert / PR / Reprodução O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez na quarta-feira (8), uma série de eventos em memória aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, que completou dois anos naquela data. O chefe do Executivo convidou os presidentes dos outros Poderes para aumentar o peso político dos eventos, mas Rodrigo Pacheco (Senado), Arthur Lira (Câmara) e Luís Roberto Barroso (Supremo Tribunal Federal) não comparecerão. O evento para relembrar a invasão e depredação das sedes dos Poderes, em 2023, foi dividido em quatro atos. O primeiro na Sala de Audiências do Palácio do Planalto. A ideia foi fazer a reintegração de obras de arte que foram depredadas nos ataques golpistas. Elas foram entregues na sede do governo depois de serem restauradas na segunda e na terça-feira. O acervo que será reapresentado inclui o relógio do século XVII de Balthazar Martinot e André Boulle, presente da Corte francesa a dom João VI em 1808. A peça foi restaurada na Suíça. Além do relógio, uma ânfora (tipo de vaso) portuguesa em cerâmica esmaltada. O segundo ato foi o descerramento da obra As Mulatas, de Di Cavalcanti. Além disso, alunos do Projeto de Educação Patrimonial entregaram ao presidente réplicas que produziram da ânfora e de As Mulatas. O terceiro momento foi uma cerimônia com a presença de autoridades no Salão Nobre do Palácio do Planalto. Para o evento, o governo convidou os três chefes dos Poderes, porém, nenhum compareceu. Com a ausência de Pacheco e Barroso, o Senado enviou o vice-presidente Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB); já o STF, o vice-presidente Edson Fachin. Este foi o segundo ano consecutivo que Lira não participa das celebrações da data. Ano passado, o alagoano, que discursaria no evento, citou problemas de saúde na família, e ficou em Maceió (AL). Mesmo com a ausência de Barroso, outros ministros da Corte, como Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes se fizeram presentes. A gestão federal também convidou os 27 governadores para os atos. No entanto, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), está de férias e não compareceu à cerimônia. Após a cerimônia no Salão Nobre, Lula desceu a rampa do Planalto com as principais autoridades presentes em direção à Praça dos Três Poderes, onde foi realizado o quarto e último ato, denominado de "Abraço da Democracia". Esse ato foi organizado pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e movimentos sociais. De acordo com integrantes do governo, a previsão seria que até 1.000 pessoas participassem do evento, que contou com a participação de 60 entidades representativas.
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